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domingo, 5 de agosto de 2018

Cá em casa acabou-se a água
Nunca tal tinha acontecido desde que em 1949 se começaram a registar as temperaturas do ar na cidade de Setúbal.
Os termómetros marcaram hoje (2018-agosto-04) na cidade do rio azul os 45, 5 º de máxima, um record e, a fazer fé na antiga sabedoria popular o próximo ano de 2019 não se vai apresentar muito promissor, antes pelo contrário. É que as canículas, a forma como os nossos antepassados previam o tempo, apontam para um início de ano bastante seco.
Os primeiros 12 dias de agosto correspondem aos doze meses do ano seguinte e, assim sendo, o janeiro, fevereiro e março serão quentes e sem chuva, podendo esta vir a ocorrer apenas em abril e somente nalgumas regiões.
Torna-se por isso cada vez mais imperioso pouparmos água, um bem finito, que na nossa região também vai escasseando.
Cá em casa já nos habituamos a poupar e a reciclar reduzindo a fatura a pagar às Águas do Sado quase para metade.
Curiosamente, hoje acabamos de gastar o resto da água da chuva que captamos na varanda e que depois de colocada em garrafões tem vindo a servir para regar as plantas que alegram a nossa casa.
Por isso, amigos setubalenses (e não só) vamos habituar-nos a poupar hoje para que possamos ter amanhã e deixemo-nos de teorias porque a coisa começa a ficar preta.
Rui Canas Gaspar
2018-agosto-04

sexta-feira, 3 de agosto de 2018


Coisas de Setúbal para inglês ver 

Com o calor que se fez sentir decidi que só ao final da tarde sairia de casa e assim foi, por volta das 20,15h. estava a chegar à Praia da Figueirinha, com cancelas escancaradas para quem desejasse seguir em frente e de cancelas encerradas para o parque de estacionamento, pago até às 19,00h. 

Embora incrédulo pelo facto de passar das 20,00 e as cancelas do estacionamento estarem encerradas, premi o botão, saiu o ticket , a cancela levantou automaticamente e eu entrei. 

Já no bar perguntei ao empregado sobre o porquê de se ter de tirar o ticket se estava anunciado que àquela hora já não se pagaria. O simpático funcionário esclareceu que não se pagava mas que teria de se tirar o talão. 

Cerca das 21,00 e como o calor decidisse assentar praça nos 33º resolvi vir embora. Aponto a viatura à saída, introduzo o talão mas a cancela não abre, volto e revolto o bilhete e nada. Premi o botão de auxilio e ouço o som de um telefone a tocar, mas do outro lado ninguém atende… 

Atrás de mim a fila de carros vai-se formando e eu não saio, mas os outros também não! Eis então quando surge uma alma caridosa a informar que eu teria, mesmo sem pagar nada, que me dirigir à máquina automática para validar o ticket.  Vamos lá nós saber porquê?... 

A fila teve de recuar para eu tirar o carro e desimpedir o trânsito e ainda a caminho da máquina automática tive oportunidade de fazer a minha boa ação ao informar mais dois condutores que iam ter o mesmo procedimento que eu. 

Pergunto, na minha qualidade de ignorante destas coisas; Não seria mais fácil o sistema ser programado para que os tickets retirados fora do horário de pagamento não tivessem de passar por este sistema de validação? 

Não seria melhor ser desativado o sistema de chamada telefonica para alguém que não atende? 

Já agora, confirmo que vi pelas 20,00 horas o parque de estacionamento da Sécil a ser encerrado por um elemento da segurança, quando o placard informativo dizia que ali haviam 195 lugares disponíveis, mesmo que lá tenham ficado dentro meia dúzia de viaturas certamente o total não chegará aos anunciados 300. 

Dei comigo a pensar na semelhança de todo este sistema com aquele outro onde se gastaram largos milhares de euros em armários da Proteção Civil Municipal, espalhados por diversas artérias do centro histórico setubalense, com vista a uma primeira intervenção de emergência, mas que se encontram ali para inglês ver, porquanto se encontram vazios, como provavelmente vazias se devem encontrar algumas cabecinhas pensadoras cá do nosso burgo. 

Rui Canas Gaspar 

2018-agosto-03 

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