Cabos e cabinhos a decorar
as paredes setubalenses
Seguramente
o que mais custa a qualquer proprietário é depois de recuperar uma peça do seu
património imobiliário ver que passado pouco tempo o mesmo está amplamente
decorado com cabos e cabinhos das mais diversas empresas que por aí vão atuando
impunemente, dando um aspeto terceiro mundista às novas artérias ou às zonas
históricas.
E
a pouca vergonha e impunidade é de tal ordem que nem sequer usam a calha
técnica para passar os cabos pelo interior, minimizando desta forma o desagradável
impacto visual.
Estes
artistas colocam os cabos como lhes dá mais jeito e tanto lhes faz que eles vão
por cima de placas toponímicas, por cantarias ou sobre painéis de valor
histórico e, se houver cabos de antenas coletivas tratam de colocar o alicate
em ação e zás! corta-se e pronto…
Ao
que parece finalmente em Setúbal, na zona da baixa, os cabos vão começar a ser
enterrados, a fazer fé nos trabalhos que foram iniciados na Rua Augusto Cardoso, onde uma equipa de
trabalhadores da União de Freguesias de Setúbal por lá começou a escavar.
Seria
feio, muito feio mesmo que depois de mais um edifício recuperado, na Antiga Rua
de São Sebastião, precisamente em frente àquele onde foi a sede do jornal O
Setubalense e agora funciona um hostel, o mesmo ficasse com um arraial de cabos
e cabinhos pendurados conforme a imagem demonstra.
Mesmo
que os cabos fiquem devidamente presos
ao edifício não deixam de desvirtuar todo o trabalho de recuperação do imóvel,
pelo que é de esperar que o enterramento dos cabos das operadoras se processe
por toda a baixa.
Rui
Canas Gaspar
2016-novembro-29
www.troineiro.blogspot.com
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