notícias, pensamentos, fotografias e comentários de um troineiro

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Bataria do Outão













































Um quartel de bombeiros, uma base de escuteiros, um centro de estágio desportivo, uma pousada de juventude, um hotel de charme, e muito mais que a imaginação empresarial possa ditar e que os "empatas" entendam deixar fazer. 

Mas como há por aí muito boa gente que não faz nem deixa fazer, o resultado é o desperdicio de recursos e a degradação acentuada do NOSSO património.

Se não sabem o que fazer vendam, seja a portugueses, chineses, angolanos, russos ou a quem quer que seja e autorizem que se faça algo de util para que este e outros exemplos como este, até à pouco tempo intactos, não continuem a ser delapidados a alta velocidade e votados para a classificação de arqueologia militar dentro de dias.

Estou a falar da Bataria do Outão, na Serra da Arrábida, onde as imagens do vandalismo captadas por mim num dos últimos dias do final do ano de 2013  falam mais alto.

Rui Canas Gaspar

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Chicos espertos?

Gosto de gente inteligente, gosto de gestores competentes, gosto de empresas de sucesso e mais ainda, admiro quando se fazem bons negócios e ambas as partes ficam satisfeitas. Pelo contrário, detesto gente incompetente em lugares de chefia, empresas que vão vivendo em função de alguns “esquemas” e que indiciam nitidamente uma política de “chico esperto”.

Dei comigo a refletir sobre este assunto depois de ter reparado nos grandes cartazes afixados no interior e no exterior do AKI, em Setúbal – Portugal (não sei se existe em Setúbal – Brasil) informando que “se encontrar mais barato devolvemos a diferença em triplicado” ora com este tipo de informação o consumidor é levado logicamente a pensar que estará em presença de uma empresa idónea, competente e segura.

Em 26 de agosto de 2013 tive necessidade de efetuar um trabalho especial pelo que adquiri no DE BORLA, também em Setúbal, um martelo elétrico. Poucas horas depois de ter trabalhado a ferramenta deixou de funcionar. Fui reclamar ao estabelecimento, porém não me devolveram o dinheiro, não me trocaram a ferramenta, não me emprestaram outro e ficaram com o mesmo para arranjar…

Tendo que concluir o trabalho que tinha em mãos e porque o arranjo levaria na ordem de 15 dias. Tratei de ir comprar outro, recusando faze-lo no De Borla. Fui ao AKI a poucas centenas de metros de distância do outro estabelecimento e comprei. Horas depois verifiquei que afinal tinha pago mais 20 euros pelo segundo martelo do que aquando da primeira aquisição.

Retornei ao AKI Setúbal, onde fui simpaticamente atendido, os documentos de ambas as compras foram confrontados, tudo foi fotocopiado e logo ali foi preenchido um formulário de acordo com a anunciada politica de devolução da diferença em triplicado.

O tempo passou, por duas vezes retornei ao balcão de Setúbal e a informação é que ali já não podem fazer nada, a resposta virá, não sei bem de onde nem quando, atendendo a que quatro meses já passaram…
Gostaria de pensar que estaria em presença daquele tipo de empresa como inicialmente apresentei e não de mais uma situação do conhecido “chico esperto”.

Não se pode dizer que fui enganado, é que lá diz que devolvem, mas não de diz é quando, como tal teremos de exercer a arte da paciência.

Continuo a ser cliente do AKI e gostaria de acreditar que esta importante cadeia comercial é séria e que os seus gestores não são os tais “chicos espertos” que por aí abundam.


Aguardemos…

                                                                               
                                                                     * * * * *

Dois dias depois de ter colocado esta informação a circular na internet, recebia um telefonema do AKI Setúbal de que tinham tido conhecimento da mesma, pedindo desculpa porque por qualquer motivo que não tinham conseguido apurar o processo de reembolso não teria seguido os trâmites respetivos.

Mais informavam-me que seguiria pelo correio o respetivo reembolso da diferença paga e em triplicado conforme a publicidade anunciava.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Cuidado com este tipo de amigos

Junto à estação principal dos correios de Setúbal, nesta friorenta tarde de dezembro um homem encontra-se deitado no chão, usufruindo dos ténues raios de sol do final da tarde.

Ao seu lado, igualmente deitado, está o seu companheiro, um cão de médio porte.

Minha mulher condoída com a situação daquele ser humano, ali deitado no frio chão decide ir junto dele com a finalidade de deixar o dinheiro necessário para poder tomar  uma refeição ligeira.

Eis que ao chegar junto do homem, que continuava deitado, ao estender a mão na sua direção para deixar o dinheiro é surpreendida com o rápido salto do animal que lhe ferra o dente no pulso, felizmente sem consequências de maior.

O homem continuou deitado impávido e sereno, o cão mudou do lado direito para o esquerdo do seu amigo e minha mulher veio embora com o dinheiro e direitinha ao carro onde procedeu à desinfeção do pulso.

Se aquele cão de imediato defendeu o seu amigo de um intruso que pensaria que lhe iria fazer mal, o certo é que com a sua ação originou que ele continuasse ao frio e sem que recebesse o valor que lhe pretendia ser ofertado.


Embora se diga que o cão é o melhor amigo do homem, este, com a sua precipitada ação assim não se comportou, complicando a vida ao seu amigo.

domingo, 8 de dezembro de 2013

O nascimento de um livro é para o seu autor como que o nascimento de um filho literário e a Casa da Baía, em Setúbal, será como que a maternidade que virá nascer no sábado, dia 14 de dezembro, pelas 17,30 o novo rebento.

O livro representa muitas horas de pesquisa, de intenso trabalho criativo e finalmente representa todo um vasto trabalho técnico e administrativo. Mais ainda, tratando-se de uma edição de autor, como é o caso do MOVIDOS PELA FÉ.

Foram longos meses de escrita, de pesquisa e de entrevistas a algumas dezenas de pessoas a fim de se poder recolher a informação que depois de devidamente confirmada seria compilada em texto de forma simples e clara tendo como finalidade chegar a todos os tipos de público.

Este é pois um livro que pela sua abrangência não despertará apenas o interesse de membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mas sim do público em geral.

É pois com o objetivo de reunir os meus amigos naturais ou virtuais bem como os meus leitores que divulgo o convite para o evento publico que é a apresentação deste meu mais recente trabalho literário.

Conto com a vossa presença neste dia de festa.

Rui Canas Gaspar

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Gostei de saber

De vez em quando sabe bem ouvirmos notícias agradáveis, por mais triviais que elas sejam. Mas, partindo do pressuposto que notícia não é o cão morder no homem, mas sim o homem morder no cão, então cá vai o relato de uma daquelas conversas informais que tive com um amigo que viveu a situação.

Contava-me o meu amigo que um destes dias tendo ido almoçar à Adega dos Garrafões, uma antiga e conhecida casa na degradada baixa da cidade de Setúbal por lá encontrou mais uns quantos conhecidos comerciantes, homens de negócios e outros setubalenses que calmamente e a preço módico tomavam a sua refeição.

A certa altura, mais dois clientes entraram no estabelecimento, ele, formalmente saudou os que ali estava, ela fez questão em ir cumprimentar um a um todos os clientes, na sua maior parte tratando-os pelo nome e procurando manter uma pequena conversação com cada um dos presentes, incluindo o dono do estabelecimento.

Os dois políticos não estavam em campanha eleitoral, altura em que quase todos são pródigos em beijinhos e abraços. Não, as eleições já tinham passado havia tempo.

Esta forma de liderar só pode ficar bem a quem a aplica, cria laços de proximidade com os liderados e não coloca os governantes num pedestal a que naturalmente não têm direito, pese embora o facto de muitos deles pensarem o contrário, sentindo-se por vezes até endeusados.

Assim faz sentido falar-se de Setúbal como um Município Participado, tanto mais quando se pode constatar que aquela que nos representa é uma líder nata, goste-se ou não dela, ou do partido político que representa.
Quanto a mim, os setubalenses e azeitonenses votaram na pessoa, sem desprimor para o seu partido, e a pessoa, segundo o meu ponto de vista, tem sabido, dentro do possível, corresponder aos anseios da generalidade da população.


Mas o que gosto mais nesta senhora é da sua forma de ser e de estar enquanto Presidente da Autarquia, identificando-a com o princípio atribuído ao grande político, filósofo e escritor francês,  Charles–Louis de Secondat, que ficou conhecido como  Montesquieu, o qual nos  legou o seguinte: “Para fazer grandes coisas não é preciso estar acima dos homens, é necessário estar com eles.” E isso, a meu ver, ela tem feito muito bem.
P´ra melhor está bem, está bem, p´ra pior já basta assim

Há uns anos atrás, um amigo meu debatia-se com o flagelo do desemprego e com sérias dificuldades para solver os seus compromissos, ele nem tinha dinheiro para a gasolina do carro quando um seu amigo mais velho  lhe disse: “Mexa-se, porque você ainda vai ser um homem rico!”  O mais novo olhou para aquele homem, com uma cara incrédula, não fosse ele estar a brincar…

Mas como é que o nosso homem se haveria de mexer? Tal como um carro com a bateria em baixo, só pode voltar a andar se alguém der um empurrãozinho, foi isso que aconteceu. De imediato, após proferir aquelas palavras o mais velho ligou para um outro amigo que arrendou uma pequena casa onde o que estava em dificuldades montou escritório de mediação imobiliária, tendo-se o mais velho emprestado algum dinheiro, sem juros… e tendo-se comprometido como fiador e principal pagador, como faria qualquer bom amigo.

Uma secretária precária (entenda-se, mesa de cozinha), um computador que não funcionava, muita limpeza, simpatia quanto baste e vontade de vencer. Estes foram os ingredientes utilizados no início do negócio.
Com muito trabalho e grande força de vontade o nosso homem pouco tempo passado estava a mudar para um novo escritório, com secretárias e computadores a sério e a dar emprego a outras pessoas.

Presentemente, ele é um homem de negócios, conhecido e bem sucedido e que faz questão de não esquecer os momentos difíceis por que passou e o empurrãozinho que recebeu a par das palavras de incentivo.

Acredito sinceramente que Portugal ainda virá a ser uma grande nação. Bem vistas as coisas, de facto até já o somos, reparemos por exemplo, que as imensas riquezas do nosso mar ainda estão inexploradas, apenas precisamos de um empurrãozinho e neste caso mais do que palavras de incentivo, precisamos de líderes, de homens que o possam ser pelo exemplo e não pelas palavras.

Foi com muito agrado que li hoje a notícia de que a industria do calçado português, uma das melhores do mundo, recusa salários baixos e quer vender mais caro. A meu ver, como simples cidadão, penso ser a receita certa.

Como é que poderemos ter uma economia a crescer se os operários não receberem o suficiente para fazer face às suas mais elementares necessidades? Como é que o comércio poderá vender se as pessoas não tiverem poder de compra? Para que fabricarão as industrias se o comércio que não vende, também certamente não lhe comprará. Para que quererão as fábricas operários se não escoarem a produção? Como pagarão impostos sobre o trabalho operários que estão no desemprego? E por ai fora, com todo o encadear de situações anómalas que qualquer sério economista saberá explicar muito melhor do que eu.

É minha opinião que tudo na vida deve ser equilibrado. Salários mais baixos do que os miseráveis que se praticam em Portugal, comparativamente com os outros seus parceiros da União Europeia, é uma receita para o desastre e não para o progresso, porquanto operário descontente e com problemas é operário que não vai produzir a 100%, tal como um empresário na mesma situação.

Precisamos de mais gente no nosso país com a visão dos empresários da industria do calçado e pela minha parte dispenso opiniões, só porque não os posso despedir, como maus funcionários, aqueles governantes  que advogam que o país só sairá da crise com salários de miséria.


E como reza o refrão da popular chula da chila “p´ra melhor está bem está bem, pra pior já basta assim”