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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Gostei de saber

De vez em quando sabe bem ouvirmos notícias agradáveis, por mais triviais que elas sejam. Mas, partindo do pressuposto que notícia não é o cão morder no homem, mas sim o homem morder no cão, então cá vai o relato de uma daquelas conversas informais que tive com um amigo que viveu a situação.

Contava-me o meu amigo que um destes dias tendo ido almoçar à Adega dos Garrafões, uma antiga e conhecida casa na degradada baixa da cidade de Setúbal por lá encontrou mais uns quantos conhecidos comerciantes, homens de negócios e outros setubalenses que calmamente e a preço módico tomavam a sua refeição.

A certa altura, mais dois clientes entraram no estabelecimento, ele, formalmente saudou os que ali estava, ela fez questão em ir cumprimentar um a um todos os clientes, na sua maior parte tratando-os pelo nome e procurando manter uma pequena conversação com cada um dos presentes, incluindo o dono do estabelecimento.

Os dois políticos não estavam em campanha eleitoral, altura em que quase todos são pródigos em beijinhos e abraços. Não, as eleições já tinham passado havia tempo.

Esta forma de liderar só pode ficar bem a quem a aplica, cria laços de proximidade com os liderados e não coloca os governantes num pedestal a que naturalmente não têm direito, pese embora o facto de muitos deles pensarem o contrário, sentindo-se por vezes até endeusados.

Assim faz sentido falar-se de Setúbal como um Município Participado, tanto mais quando se pode constatar que aquela que nos representa é uma líder nata, goste-se ou não dela, ou do partido político que representa.
Quanto a mim, os setubalenses e azeitonenses votaram na pessoa, sem desprimor para o seu partido, e a pessoa, segundo o meu ponto de vista, tem sabido, dentro do possível, corresponder aos anseios da generalidade da população.


Mas o que gosto mais nesta senhora é da sua forma de ser e de estar enquanto Presidente da Autarquia, identificando-a com o princípio atribuído ao grande político, filósofo e escritor francês,  Charles–Louis de Secondat, que ficou conhecido como  Montesquieu, o qual nos  legou o seguinte: “Para fazer grandes coisas não é preciso estar acima dos homens, é necessário estar com eles.” E isso, a meu ver, ela tem feito muito bem.

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