Gostei de saber
De vez em quando sabe bem
ouvirmos notícias agradáveis, por mais triviais que elas sejam. Mas, partindo
do pressuposto que notícia não é o cão morder no homem, mas sim o homem morder
no cão, então cá vai o relato de uma daquelas conversas informais que tive com
um amigo que viveu a situação.
Contava-me o meu amigo que um
destes dias tendo ido almoçar à Adega dos Garrafões, uma antiga e conhecida
casa na degradada baixa da cidade de Setúbal por lá encontrou mais uns quantos
conhecidos comerciantes, homens de negócios e outros setubalenses que calmamente
e a preço módico tomavam a sua refeição.
A certa altura, mais dois
clientes entraram no estabelecimento, ele, formalmente saudou os que ali estava,
ela fez questão em ir cumprimentar um a um todos os clientes, na sua maior
parte tratando-os pelo nome e procurando manter uma pequena conversação com
cada um dos presentes, incluindo o dono do estabelecimento.
Os dois políticos não estavam em
campanha eleitoral, altura em que quase todos são pródigos em beijinhos e
abraços. Não, as eleições já tinham passado havia tempo.
Esta forma de liderar só pode
ficar bem a quem a aplica, cria laços de proximidade com os liderados e não
coloca os governantes num pedestal a que naturalmente não têm direito, pese
embora o facto de muitos deles pensarem o contrário, sentindo-se por vezes até endeusados.
Assim faz sentido falar-se de
Setúbal como um Município Participado, tanto mais quando se pode constatar que
aquela que nos representa é uma líder nata, goste-se ou não dela, ou do partido
político que representa.
Quanto a mim, os setubalenses e
azeitonenses votaram na pessoa, sem desprimor para o seu partido, e a pessoa, segundo
o meu ponto de vista, tem sabido, dentro do possível, corresponder aos anseios
da generalidade da população.
Mas o que gosto mais nesta
senhora é da sua forma de ser e de estar enquanto Presidente da Autarquia, identificando-a
com o princípio atribuído ao grande político, filósofo e escritor francês, Charles–Louis de Secondat, que ficou conhecido
como Montesquieu, o qual nos legou o seguinte: “Para fazer grandes coisas
não é preciso estar acima dos homens, é necessário estar com eles.” E isso, a
meu ver, ela tem feito muito bem.
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