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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

 



O abandonado e quase esquecido Forte do Casalinho

A foto que aqui vemos mostra-nos uma desativada estrutura militar (ao tempo ainda operacional)  e foi captada precisamente à 75 anos, pelo avô do nosso conterrâneo e provavelmente o melhor conhecedor das coisas de Setúbal, António Cunha Bento.

A imagem mostra-nos o Forte do Casalinho, equipado e pronto para entrar em ação no âmbito da Primeira Grande Guerra, a par de outra estrutura do mesmo tipo, embora inacabada, o vizinho Forte de Milregos, implantado na margem esquerda da Ribeira da Ajuda, bem perto do Parque de Merendas da Comenda.

Presentemente os artilheiros das peças Krupp de 280mm teriam alguma dificuldade em dispara-las nem com o apoio do Moinho da Desgraça que lhes servia de posto de observação, porquanto os pinheiros de Alepo cresceram à sua volta de forma desordenada, por toda aquela área da serra, sobretudo na parte de cima de Albarquel.

Antes de ocorrer a pandemia COVID 19 tive oportunidade de visitar pormenorizadamente este local na companhia do meu amigo e velho escuteiro Mário Salgado, tendo filmado o espaço e colocado o resultado do trabalho no YouTube.

O forte com grandes potencialidades para ser utilizado como equipamento de apoio a Bombeiros, Escuteiros, projeto lúdico/Turistico, etc. encontra-se nitidamente ao abandono, daí  que vai sendo ocupado de forma mais ou menos “esquisita” e que nada abona ou contribui para a sua preservação e dignidade.

Se aproveitássemos melhor estas coisas que Setúbal ainda tem e que se encontram nos braços de Morfeu, provavelmente poderíamos potenciar o turismo um pouco mais para além do Sol e água salgada que vamos tentando vender a quem nos quer visitar.

Rui Canas Gaspar

Troineiro.blogspot.com

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