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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Nunca esteve previsto Parque de Campismo em Troia

Quando o tema é Troia, aqui pela internet, quase sempre vem à baila, o saudoso parque de campismo existente no tempo da TORRALTA e que esteve ativo desde meados dos anos setenta, onde muitos dos intervenientes nos debates  acamparam e, provavelmente,  de novo gostariam de o fazer.

O assunto nada tem a ver com o campismo que se fazia na zona da Caldeira ou aquele “selvagem” que por ali acontecia até aos anos sessenta e que depois se deslocalizou um pouco mais para montante, para a zona da Ponta do Verde.

O que acontece é que no plano geral de desenvolvimento de Troia, nunca esteve previsto nenhum parque de campismo e, no espaço onde depois da revolução de 25 de abril de 1974 foi instalado um, ele foi implantado no local que estaria destinado ao “super-edifício”, que não chegou a sair do papel, designado por hotel 1001.

Para se ter uma pequena noção do que seria este edifício, em forma de pirâmide com 1001 quartos (como se comentava na época) ele ocuparia uma área-base  cerca de quatro vezes maior que aquela ocupada pelo Troia Design Hotel, onde agora se situa o casino.

Troia não esteve, desde que começou o desenvolvimento urbanístico pela mão da TORRALTA, nem desde que o projeto recomeçou pela batuta da SONAE virada para o campismo, pelo que quem usufruiu desse prazer naquele espaço que guarde as boas recordações para partilhar com as atuais gerações.

Presentemente, e por um período de três dias no ano poderá voltar a recordar esses tempos, acampando na Caldeira durante as suas centenárias festas em honra de Nossa Senhora de Troia, ou então deslocando-se mais para sul, poderá fazê-lo no Parque de Campismo da Praia da Galé, perto de Melides.

Rui Canas Gaspar
2016-agosto-18

www.troineiro.blogspot.com

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