Setúbal não presta?
Não
deixa de ser interessante ler ou escutar alguns comentários menos abonatórios à
nossa linda cidade de Setúbal colocados na internet, acontecendo o mesmo
aquando em conversa com alguns conterrâneos.
Seja
porque os prédios estão a cair de podres, porque a baixa está deserta, porque
as paredes estão grafitadas, porque os chineses vêm para cá, seja porque a
presidente da câmara é loura, seja até por alguma enigmática dor de cotovelo…
Porém
nunca é perder tempo ao relembrar alguma sabedoria popular para compreender determinadas
posições, sejam elas claras ou encapotadas e, muitas vezes acontece, sermos
confrontados com aquele ditado: “quem desdenha quer comprar”.
O
facto é que provavelmente alguns daqueles que desdenham mais não querem do que angariar
adeptos para o seu partido político, tal como outros que por iniciativa própria
ou a mando de alguém tentam desfeiar a cidade para lhe retirar valor e com isso
servir de arma de arremesso político a quem está a governar, ou económico a
quem está em debilitada situação financeira.
Antigas
e conhecidas táticas e técnicas mais velhas que o vento norte, e só não as vê quem
anda distraído.
O
facto é que enquanto alguns setubalenses andam efetivamente distraídos, outros
aproveitam aquilo que “não presta”. É assim que o Bairro Salgado vai sendo
vendido, casa após casa aos franceses que adoram esta cidade e seus arredores e
outros belos prédios tem vindo ultimamente a mudar de mãos a rápida velocidade.
Vejamos
o exemplo da Avenida 5 de Outubro, com vários edifícios antigos que acabam de
ser vendidos, enquanto outros (poucos) estão para venda e outros ainda estão já
estão em recuperação.
Veja-se
também a Av. Luísa Todi, com o emblemático “prédio do Leão” que já mudou de
mãos e agora é propriedade de um alfacinha.
O
que provavelmente muitos setubalenses desconhecem é que até os russos se estão
a interessar por Setúbal e estão a acompanhar a onda de aquisições
imobiliárias, sendo uma das suas últimas, segundo os “mentideiros”, o
emblemático edifício que esteve ligado à história da nossa indústria
conserveira, localizado ao lado do antigo cinema Salão, aquele que depois foi banco
e entretanto também ele foi agora vendido para ali vir aparecer um hotel.
Se
Setúbal não presta digam-me lá onde é o caixote de lixo dos detratores para eu
ir até lá ver o que consigo arranjar …
Pois
então, com ou sem vendaval, que todos os
amigos tenham um bom dia, boa tarde ou boa noite dependendo da hora e do local
do mundo onde se encontrem.
Rui
Canas Gaspar
2017-fevereiro-03
www.troineiro.blogspot.com
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