Em Setúbal alguém terá de
se explicar
No
final de 2011 foram instalados no centro histórico 32 armários metálicos, de
aço inoxidável, que deveriam conter materiais de primeira intervenção,
nomeadamente extintor, mangueira e agulheta, equipamentos de proteção
individual, (fatos, luvas e botas) e material de sinalização.
Foi
“construído” um heliporto no Parque da Algodeia e instaladas 5 colunas
informativas e 21 colunas SOS ponto de encontro, para além de ter sido adquirido
outro tipo de equipamento de comunicações, dois botes e uma viatura de combate
a incêndios.
Tudo
isto orçou em várias centenas de milhares de euros, maioritariamente
comparticipados pela União Europeia cabendo à Autarquia setubalense uma verba
na ordem dos 200 mil euros.
A
primeira vez que tivemos uma situação de emergência e que foi necessário
utilizar o “heliporto” o helicóptero do INEM deu voltas e reviravoltas e não conseguiu aterrar. Se calhar o piloto era um “nabo”…
Ao
que parece as sofisticadas colunas informativas, alimentadas por painéis solares
não funcionam por falta de dinheiro para a manutenção. É que os painéis
armazenam a energia em baterias e estas pelos vistos estão com problemas…
Mas
o que me parece mais ridículo é que as dezenas de armários metálicos com
equipamento de primeira intervenção, estão vazios…
Os
armários localizados em zonas de difícil acesso a veículos de combate a fogos,
estão normalmente implantados junto de novas bocas de incêndio e são dotados de
fechadura anticrime.
Para
operar este equipamento foram convidados algumas dezenas de cidadãos, entre
residentes e comerciantes, que integrariam as equipas das Brigadas de Apoio
Local, que supostamente terão recebido formação nas áreas de socorro e proteção
em 2012.
Falei
com comerciantes, proprietários, moradores e bombeiros e cheguei à brilhante
conclusão que as tal B.A.L. apenas existem no papel. Também para nada serviam
dado que os armários não tem nada lá dentro.
A
questão que se coloca ao comum cidadão é muito simples, será que depois de
ter sido investido tanto do nosso tão pouco dinheiro ele foi ou está a ser bem
gerido?
Será
que Maria das Dores Meira, primeira responsável municipal pelo Serviço de
Proteção Civil está a par destas graves anomalias, que enganosamente poderão
dar a sensação de segurança à população?
Alguém
terá de se explicar sobre este assunto. Digo eu!...
Rui
Canas Gaspar
2016-março-22
www.troineiro.blogspot.com
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