notícias, pensamentos, fotografias e comentários de um troineiro

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Generosidade e solidariedade não é palavra vã 

Quando forem seis horas da manhã de quarta-feira dia 1 de Novembro, feriado em Portugal, quando muitos aproveitarão para descansar um pouco mais outros trabalharão de forma voluntária para generosamente servir ao próximo. 

A essa hora matutina uma pequena caravana partirá da baixa de Palmela rumo ao Norte para entregar em Vouzela mais um carregamento de dádivas conseguidas em Setúbal e arredores. 

Tive oportunidade de fazer a doação familiar e depois, esta noite, conjuntamente com uma equipa de voluntários mórmons, membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ajudar a carregar um camião com tudo e mais alguma coisa, armazenado nas instalações do Grupo Desportivo e Cultural Idolos da Baixa (de Palmela…) 

Embarcamos desde camas a colchões, passando pelo material de escritório, de roupas de cama a agasalhos, de sacos de cimento a ferramentas, de sementes a caixas de batatas, de géneros alimentícios a rações para animais, de árvores frutíferas a pinheiros. Uma infindável lista a que até não faltou até um carregamento com algumas toneladas de feno. 

Curiosamente o voluntário motorista do camião, pediu a viatura emprestada ao patrão e este ao saber a finalidade a que se destinava logo lhe disse que a levasse e não se preocupasse com as despesas de combustível e portagens que seriam suportadas pela empresa. 

Os portugueses são assim, se não são os primeiros em generosidade e solidariedade estão seguramente à frente dos segundos, prova disso são os múltiplos carregamentos angariados e já enviados para o Norte pelas diferentes equipas de voluntários de Igrejas, coletividades, empresas e grupos de cidadãos. 

Rui Canas Gaspar 



2017-outubro-31

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Será que vem aí mais alterações rodoviárias para Setúbal? 

Hoje recebi duas simpáticas cartas da Autoridade Tributária e Aduaneira dando conta de “uma pipa de massa” que tenho de pagar de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) no próximo mês de novembro. 

Este imposto veio substituir um anterior e destina-se aos cofres da autarquia sadina, que para  além de outras receitas e é com elas que a Câmara Municipal faz frente às despesas de manutenção da cidade e promove o seu desenvolvimento. 

Tal como os restantes cidadãos contribuintes darei os meus impostos por bem empregues se vir bons resultados e o contrário também é verdade. 

Julgo que não estamos em altura de mudar visuais, só porque de outra forma ficará mais bonito, mas sim de fazer coisas de raiz, de preferência necessárias e úteis. 

Daí que, por exemplo,  sendo a favor da construção do Parque Urbano da Várzea, que entendo ser uma necessidade premente por vários motivos e mais um, já não o sou no referente à deslocalização do viaduto das Fontainhas, porque poderá aguardar para quando tivermos mais dinheiro. 

Mas, de entre as coisas boas que hoje constatei foi a colocação de artísticos pinos e novas floreiras na Rua Vasco da Gama, no meu bairro de Troino, e o que não gostei foi notar que o meu dedinho que adivinha quando vem mau tempo me ter confidenciado que alguém estava a preparar-se para fazer uma “revolução” junto à doca dos pescadores no tocante à retirada do trânsito daquele local. 

Tenho mais medo do serviço de trânsito de Setúbal que o diabo tem da cruz, salvaguardando naturalmente as necessárias rotundas. 

Por isso meus amigos tenhamos cuidado com os projetos de trocas e baldeirocas, porque o dinheiro é um bem raro e está escasso, depois é bom lembrar que a ser verdade o que o meu dedinho adivinha, teremos de não esquecer que primeiro deve ser acautelado o estacionamento automóvel de entre outras importantes vertentes. 

É claro que isto digo eu que sou leigo na matéria e apenas um de entre os muitos pagadores de impostos cá do burgo. 

Rui Canas Gaspar 

2017-outubro-26 


www.troineiro.blogspot.com

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Em Setúbal vamos construir o PUV ou ficamos pela metade? 

Alegrei-me ao ler ontem a notícia publicada pelo “Diário da Região” apresentando o leque de intenções para estes próximos quatro anos de novo mandato da presidente da Câmara Municipal de Setúbal, porquanto gosto de ver a minha terra progredir. 

Embora existam ali, a meu ver, obras que considero não prioritárias, o facto é que o executivo tem a legitimidade democrática atribuída pelos votos expressos nas urnas e como tal tenho de respeitar as suas opções. 

O que me deixou apreensivo foi ler que no tocante ao Parte Urbano da Várzea se propõe construir as bacias de retenção de águas pluviais e, ponto final. 

Pensava eu que era neste mandato que finalmente se iria defender a cidade do ponto de vista ambiental, construindo de vez o PUV, atendendo a que aquele espaço constitui a última fronteira entre o betão e a natureza. Mas será que nestes 4 anos apenas ficarão contempladas, a fazer fé na notícia, as bacias de retenção? 

Então e o restante da avenida já começada? E a avenida de atravessamento junto aos “pelézinhos”? E a recuperação de alguns dos antigos equipamentos agrícolas? E a ciclovia envolvente? E a recuperação do emblemático mirante da Quinta da Azeda? E o mais importante, a plantação de árvores e plantas, ofertadas pela Portucel, conforme oportunamente anunciado? 

Faço votos para que o PUV seja uma realidade neste mandato da presidente Dores Meira, pois ele poderá representar a cereja em cima do bolo e ela poderá então sair pela porta grande. 

Que este não só útil como necessário projeto, que é também uma importante arma antipoluição, não fique no papel como aconteceu outros já anunciados com pompa e circunstância e que não passaram apenas e só de boas intenções. 

A nossa terra tem condições para ser uma cidade verde e necessita disso como pão para a boca, atendendo à malha industrial de que dispomos. Os bosques urbanos são uma forma de melhorar as condições de habitabilidade e de bom ambiente nas cidades. 

A imagem da várzea, despida de árvores, captada neste mês de outubro de 2017, quando o país perdeu boa parte da sua mancha verde, foi uma gentil oferta que o amigo Ricardo Ramoz, da Droneworldview me fez. 

Gostaria que em outubro de 2021 idêntica imagem fosse captada do mesmo ângulo mostrando não uma imensa zona despida de verde mas sim repleta de verde e onde os projetados lagos fossem  igualmente uma realidade. 

Setúbal tem necessidade deste pulmão verde, temos capacidade para o fazer, temos condições para o concretizar, não nos fiquemos apenas pelas boas intenções, ou por trabalhos começados e não acabados. 

Rui Canas Gaspar 

2017-outubro-20 


www.troineiro.blogspot.com

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Ora já sabem que eu estou aqui? 

Por força da minha atividade hoje passei boa parte da manhã na zona do Miradouro de São Sebastião e ali tive oportunidade de conversar com vários antigos moradores da zona e com alguns turistas nacionais e estrangeiros que demandaram aquele magnífico e ímpar lugar. 

Também mais uma vez estive a apreciar com alguma calma a obra de ampliação que foi levada a cabo no Museu do Trabalho destinada a um estabelecimento de cafetaria ou similar. 

Passados vários meses sobre a conclusão da mesma verifico que o espaço está fechado e sem qualquer utilidade, embora os trabalhos de construção civil tenham sido alvo de empreitadas com vista ao seu rápido acabamento. 

Os motivos porque aquilo onde se gastou tanto dinheiro estar inoperacional e sem utilidade parece começarem a ser do domínio público, por isso, nem vou aqui comentar. 

O que me chamou a atenção foi para a única peça que se encontra ali dentro, embrulhada em plástico já com alguma visível poeira, não só em cima dela mas no próprio espaço. 

Trata-se do emblemático triciclo onde o popular “Ervilha” transportava os seus famosos e deliciosos gelados, onde ficou célebre de entre outros o tradicional pregão: “Ora já sabem que eu estou aqui?” 

Não me vou alongar mais e vou terminar esta nota com uma simples pergunta e sugestão. 

Será que daria muito trabalho que se desse uma limpeza naquele espaço? E, já que lá está, porque não tirar os plásticos do triciclo, limpá-lo e coloca-lo ali mesmo em exposição com uma placa de dimensão adequada à leitura de quem passasse naquela artéria? 

E já agora, aproveitando a boleia. Que tal colocar as pedrinhas na calçada nos vários espaços onde se encontra em falta naquela turística e característica zona? 

É que, assim como assim, sempre se daria alguma utilidade a uma obra dispendiosa, até que nas condições em que está apareça alguma “ave rara” que vá pegar naquele espaço de cafetaria para o explorar. 

Rui Canas Gaspar 

2017-outubro-19 


www.troineiro.blogspot.com

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Hoje fiquei a saber que Bocage vai mudar de lugar 

Setúbal está a mudar rapidamente e não serão muitos os setubalenses que se estão a aperceber desta realidade, com dezenas de edifícios a serem intervencionados, com pedidos de empregados que não aparecem e com a necessidade de operários especializados que cada vez são mais raros. 

Hoje partilho com os amigos que até Bocage está em processo de mudança e vai deixar a sua velha praça para se ir radicar na Avenida 5 de Outubro, bem perto, é certo, mas para novas instalações. 

Até ao final deste ano ainda estará pela Praça de Bocage, embora já tenha aberto e começado a funcionar em simultâneo nas novas instalações, o que está a dar origem a uma mudança tranquila. 

A nova casa, está decorada de forma simples, mas muito agradável e são as antigas fotos de Setúbal que ali tem destaque, aguardando-se uma em formato gigante mostrando a moderna Setúbal, embora seja apresentada a preto e branco. 

O edifício com 14 frações onde estava instalado mudou de dono, a exemplo do que está a acontecer com muitos outros edifícios nesta cidade que definitivamente está na moda. 

Hoje ainda entrei nas antigas instalações, com quase um século de existência e, nas mais antigas do seu ramo em Setúbal ali cortei a minha farta cabeleira. 

Na próxima ida ao barbeiro já não será ao vetusto Salão Bocage, mas aos mesmos competentes profissionais que por força das circunstâncias tiveram de mudar de instalações, para a nova Barbearia Bocage que ao mesmo tempo vem animar ainda mais aquele espaço, bem perto da Repartição de Finanças, um espaço que eu e a generalidade dos portugueses adoram. 

Rui Canas Gaspar 



2017-outubro-16

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Vida de lord, quem a quer? 

Eles são reis e senhores do Parque Urbano de Albarquel. Por ali passeiam, comem, bebem, fazem umas brincadeiras com as belas gatas e dormem descansadamente ao sol de Outono, mas que bela vida!... 

Caçar ratos, gafanhotos ou pássaros para comer? Tenham juízo! Eles nem sequer se dignam ir apanhar uns peixinhos ali ao lado, na doca… Para quê essa trabalheira? 

Estes senhores todos poderosos têm um serviço ao domicílio verdadeiramente exemplar. De manhã, à tarde ou à noite, ali chegam os mais diferentes servidores que lhes vêm trazer, comida fresca, ração seca ou deliciosos enlatados. 

A fartura é tanta que eles estão bem gordos e preguiçosos e a ração pode ser vista em montinhos em diferentes lugares do PUA. Não há nada como ter fartura! 

E quando estão fartos de por ali estarem sem nada para fazer, estes verdadeiros lordes não vão até às máquinas para fazer exercício físico, preferem o relvado e são as árvores que substituem as máquinas. 

Se dizem que é dura a vida de cão, coisa que eu até nem acredito. O facto é que  não deixa de ser vida de lord esta que levam os nossos felinos do PUA e isto não é para quem quer, é para quem pode! 

Rui Canas Gaspar 

2017-outubro-11 


www.troineiro.blogspot.com

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Quem tem memórias da Quinta da Inveja? 

Um amplo portão trabalhado em barras de ferro, de dupla abertura, chumbado a duas altas e sólidas ombreiras de pedra calcária serviam de terminal aos muros de proteção da propriedade que ostentava no topo do lado direito a designação de Quinta da Inveja. 

O acesso à quinta processava-se pela Estrada dos Ciprestes e em finais de 2014 as devolutas instalações ainda se apresentavam como a imagem documenta. 

Situada entre a Quinta da Azeda e a Quinta da Saudade tinha há muito deixado a atividade agrícola, porém a sua ampla casa de dois pisos denotava que os seus iniciais ocupantes teriam sido pessoas abastadas. 

De facto, em 1944, enquanto o mundo se digladiava na Segunda Grande Guerra, aqui à entrada da pacífica cidade de Setúbal, Joaquim Augusto Martins, entregou ao construtor José Guilherme dos Santos, um dossier com o projeto 34/A – 44, contendo cinco plantas e 41 folhas contando a memória descritiva, declaração de responsabilidade, licença de obras, etc. para que este procedesse à ampliação da casa ali existente. 

O novo edifício foi então erigido e serviu cabalmente as suas funções habitacionais e de apoio à atividade agrícola, até que precisamente 70 anos depois do início da sua construção ele viria a ser reduzido a um monte de entulho e, no seu lugar, nada mais ficaria do que a imagem fotografada da sua presença em terras sadinas. 

A demolição da casa processou-se no âmbito do projeto para a construção do Parque Urbano da Várzea e o entulho que dali resultou, depois de devidamente tratado, foi servir de material de enchimento à nova via em construção paralela à Avenida dos Ciprestes. 

Quem tem memórias da Quinta da Inveja incluindo até do conceituado restaurante que por ali funcionou? 

Rui Canas Gaspar 



2017-outubro-10
As meninas nuas da cidade do Sado 

Em 2015 chegou a Setúbal pela mão do escultor João Duarte, uma menina gordinha com o sugestivo nome de “Dolce Vita” e ao que parece a piquena ficou tão bem impressionada com o espaço onde assentou arraiais que não mais quis dali sair, enquanto o seu amigo retornava à capital. 

Um ano depois, em 2016, João Duarte regressou de novo a Setúbal e mais uma vez veio acompanhado de outra menina bem nutrida. Esta no entanto veio já prevenida e tratou de trazer a cadeira não fosse a crise fazê-la ficar de pé naquele antigo Largo da Ribeira Velha. Pelo facto de trazer o assento foi batizada de “Menina da Cadeira”.

Como não há duas sem três, volvido que foi mais um ano e chegados a 2017, cansada, atendendo ao peso da mala eis que chega à Avenida Luísa Todi uma terceira mana, bonitinha mas igualmente gordinha, de seu nome “Menina da Mala”, coisa que pousou à entrada do Arco da Ribeira Velha e desde então até hoje lá está à espera de arranjar um quarto disponível para se instalar definitivamente em Setúbal. 

Estamos em Outubro, o ano está quase a findar e 2018 está a chegar. Será que João Duarte o artista natural de Lisboa, cidade onde nasceu em 1952, escultor galardoado com a "J. Sanford Saltus Award for Distinguished Achievement in the Art of the Medal", o “nobel” da medalhística, nos vai trazer outra menina bem nutrida? 

Gostos não se discutem, mas vamos lá nós saber porquê, ainda continuo a gostar daquelas três outras asseadinhas que não param de tomar banho na “Fonte do Centenário”, ou mesmo daquela distinta senhora, de linhas mais equilibradas, que se sentou à entrada da Praça do Bocage a mirar o poeta que lá do alto parece que não se cansa do seu embevecido olhar. 

Uma coisa parece que todas estas meninas têm em comum, é que elas são por demais encaloradas e, para aqui ficaram, tal como um dia vieram ao mundo. 

Com temperaturas tão altas que por cá temos sentido, qual é a piquena que aguenta roupas em cima do corpo? Tanto mais que a Praia da Saúde está dentro da cidade e já vimos muitas outras meninas setubalenses vindas dali quase desnudas. 

Ora estátua que se preze é vaidosa e faz então como o Bocage que ainda hoje está a aguardar a última moda, daí a explicação para nudez das nossas femininas figuras. 

Rui Canas Gaspar 

2017-outubro-10 


www.troineiro.blogspot.com

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Um dia veremos aqui em Setúbal o Parque Verde da Várzea 

Espero um dia poder vir a desfrutar de toda a beleza proporcionada por um belo e necessário parque verde que se anuncia para a Várzea de Setúbal, a “Última Fronteira” entre a natureza e o betão. 

Enquanto a Autarquia vai negociando com os proprietários dos terrenos a cedência de amplos espaços das suas quintas, dando-lhes a troco a possibilidade de erigir alguma construção ao longo da Avenida dos Ciprestes, eu vou colhendo todo o tipo de informação sobre aquelas antigas quintas, vivências, notícias e testemunhos de antigos habitantes e utilizadores. 

Quase tudo está documentado e compilado e agora trabalho sobre o material recolhido de forma a poder apresentar aos meus conterrâneos mais um conjunto de histórias de construtores civis, ecologistas, bairros, património edificado, linhas de água e sobretudo de um belo e rico espaço em vias de extinção. 

Depois de construído, o Parque Urbano da Várzea será o maior espaço verde setubalense e, para que fiquem com uma imagem inédita do que para ali está anunciado mostro-vos uma soberba vista aérea captada de propósito para este livro pelo nosso amigo Ricardo Ramoz, da Droneworldview, que desta forma quis gentilmente ajudar-me a levar de vencida mais este projeto sobre as coisas da nossa terra. 

E para melhor poder enriquecer a “Última Fronteira” grato  ficarei a todos os amigos que possam partilhar histórias, notícias, testemunhos e tudo o que se relacione, mesmo que considerem insignificante ou sem interesse, sobre este espaço setubalense, onde outrora laboraram os nossos antepassados em produtivas e verdejantes quintas e hortas. 

Rui Canas Gaspar 



2017-outubro-09

domingo, 8 de outubro de 2017

Os tesouros troineiros de Setúbal 

Quando eu era um rapazinho a alegria e entusiasmo contagiaram a rapaziada do bairro de Troino, naquele dia 11 de maio de 1957, ao saber-se que os trabalhadores que estavam a abrir uma vala para instalar o saneamento, na antiga Rua Direita de Troino teriam batido com uma picareta num pote, partindo-o e descobrindo um tesouro. 

Mais rápido que o vento corri para ver e ainda consegui trazer parte do tesouro, uma moeda romana, tal como todos os rapazes de Troino e alguns homens a que não faltou um conhecido setubalense, Francisco Finura, que por ser colecionador trouxe uma alcofa cheia de moedas. 

Logo a seguir à primeira ânfora, uma segunda foi encontrada e graças à intervenção do polícia que para ali correu a apitar para que todos os pequenos e grandes “assaltantes” dali saíssem ainda conseguiram ir para ao museu da cidade 11.091 moedas romanas. 

Há algum tempo, em conversa com um amigo foi-me confidenciado que no decurso de uma obra de recuperação de um imóvel levada a cabo há alguns anos num edifício histórico, relativamente perto do local onde foram encontradas as duas ânforas contendo o tesouro romano, teria sido encontrada uma bolsa de cabedal contendo várias moedas portuguesas da idade média. 

Curiosamente, a semana passada em conversa com outro amigo, este viria a informar-me que mais moedas teriam sido encontradas naquela mesma zona, nos anos 70 ou 80, aquando da abertura de uma vala, assunto que foi de imediato “abafado” pelo empreiteiro para que não lhe viessem os homens dos serviços de arqueologia parar os trabalhos  em curso. 

Setúbal é uma terra com milhares de anos de História, pelo que por cá encontrar-se-ão certamente enterrados muito mais vestígio do seu passado atestado pelas peças numismáticas que têm sido encontradas, sobretudo nesta típica zona da nossa cidade.  

Rui Canas Gaspar 



2017-outubro-08

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Setúbal, terra de muitas e desvairadas gentes 

Que eu tenha conhecimento os primeiros triciclos ecológicos transformado em postos de venda ambulante pertenceram ao popularmente conhecido “Ervilha” que no Inverno vendia castanhas assadas e no Verão era vê-lo de fato branco à marinheiro, com o seu popular triciclo, a vender deliciosos sorvetes de fruta ou chocolate. 

Ultimamente foi a mais antiga gelataria setubalense, a Valenciana, que adaptou um triciclo e dali saiu uma gelataria ambulante que não só publicita o estabelecimento como também vende os seus produtos pela cidade, nomeadamente nestes dias quentes, junto ao Parque Urbano de Albarquel. 

Agora começou a circular pela baixa da cidade mais um curioso e bem apetrechado triciclo a pedal, desta vez a vender empadas. Trata-se de um simpático brasileiro que parece estar a ter sucesso aqui por terras sadinas a fazer fé na popularidade que já granjeou, sobretudo na baixa comercial, onde pelo que me apercebi o seu produto está a ter muita aceitação. 

São as “Empadas da Zazá” e segundo publicita as verdadeiras empadas do Brasil apreciadas por portugueses, e despertando a curiosidade de turistas franceses, parados a apreciar, depois de ter passado pela mercearia dos paquistaneses, acabou por parar junto a uma loja de chineses, onde o fotografei nesta bela Setúbal que se vai transformando numa terra de “muitas e desvairadas gentes”. 

Rui Canas Gaspar 

2017-outubro-03 


www.troineiro.blogspot.com