notícias, pensamentos, fotografias e comentários de um troineiro

domingo, 31 de janeiro de 2016

Quem te viu e quem te vê

Para além da frota de quatro hovermarines destinados ao serviço comercial, para a travessia do Sado nos anos setenta do século passado, também havia um hovercraft para serviço particular dos dois irmãos Silva, os patrões da Torralta. Esse sim, um verdadeiro hovercraft que dispunha de três lugares e entrava pela terra dentro.

No edifício onde hoje funciona o Casino de Troia, nos anos 70, quando se encontrava em construção o mesmo era identificado por “Clube Hotel”. Foi precisamente para entrar nesse edifício que se construiu uma rampa em betão desde o rio, ao lado da ponte de madeira por onde transitavam os passageiros dos hovermarine, para que o pequeno hovercraft, cor de laranja, subisse depois de ter atravessado velozmente as águas do rio azul.

Curiosamente, no inovador projeto inicial o Clube Hotel teria um canal de acesso à porta da receção para que o cliente saísse diretamente do barco para o hall daquela unidade hoteleira projetada para ser uma peça emblemática da nossa florescente indústria turística.

O Clube Hotel apenas seria suplantado em grandeza pelo Hotel 1001 cuja construção não chegou a ser iniciada e que caso fosse edificado seria de facto um “hotel das Arábias” implantado nas areias de Troia, um pouco mais para sul do grosso das edificações que se viriam a desenvolver.

Enquanto se levava a cabo a construção dos edifícios de Troia era o patrão Domingos Silva que mais vezes se deslocava neste hovercraft que tinha a capacidade de se mover em terra, contrariamente aos hovermarine que apenas usavam a almofada de ar para se elevarem na água oferecendo menos resistência hidrodinâmica e assim se deslocarem velozmente.

As duas imagens mostram-nos o antes e o depois. A preto e branco podemos ver a veloz embarcação no Sado, a cores, podemos observar o que resta dela, em cima de um telhado a olhar para o rio azul.

A veloz e soberba embarcação faz-nos lembrar os mortais humanos, quando jovens cheios de vida, de projetos e esperança, mas que volvidos alguns anos são confrontados com a velhice e, pouco depois, acabam como esta ímpar embarcação num qualquer impensável local.

Se calhar vale a pena pensar nisto e darmos mais valor à vida, à amizade e a solidariedade.

Tenhamos uma boa semana.

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-31

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sábado, 30 de janeiro de 2016

Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016

O emblema do Vitória Futebol Clube, trabalhado em pedra mármore, ainda se encontra a encimar a entrada daquela que foi outrora a sua antiga sede social. Uma casa brasonada setubalense, o Palácio Salema, em pleno coração da cidade de Setúbal, na Praça do Bocage.

Escolhi esta imagem ilustrativa do texto, representativa do clube desportivo que é um símbolo do concelho sadino, sendo também aquele que mais desportistas movimenta, de diversas modalidades e de todos os escalões etários, ao longo de todo o ano.

Neste dia 30 de janeiro de 2016 quando em se iniciam um conjunto de ações desportivas no âmbito de “Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016”, quero lembrar o Vitória e felicitar a Autarquia e todos os agentes envolvidos neste magnífico evento que certamente ajudará a dar mais visibilidade ao nosso concelho e será igualmente uma boa oportunidade para incentivar muito mais setubalenses para a prática desportiva.

De facto, não estamos em presença de nenhuns jogos olímpicos com tudo o que isso representa em termos desportivos, turísticos e logísticos. Quem assim pensar desengane-se. No entanto, certamente que este evento não deixará de servir de pretexto para melhorar algumas infraestruturas desportivas locais, como já foi o caso, por exemplo, da pista de atletismo municipal e da colocação de piso sintético em alguns recintos desportivos de bairro.

Para este dia de sábado poderemos contar com uma autêntica maratona de dez horas onde se desenrolarão igual número de iniciativas um pouco por todo o concelho, desde a Praça do Bocage ao PUA, do Largo de Jesus ao Parque de Vanicelos, de Azeitão às Manteigadas, local principal deste “pontapé de saída”.

E como não há festa sem música, ainda que seja festa desportiva, o dia terá o seu ponto alto no Pavilhão Municipal das Manteigadas o qual receberá largas centenas de pessoas que não quererão perder a oportunidade de assistir a um concerto da conhecida banda “Deolinda” que ali atuará a partir das 21,00 horas.

Será bom saber que no vasto programa de eventos agendados para 2016 estão programadas largas dezenas de provas desportivas destacando-se o regresso a Setúbal da Volta a Portugal em Bicicleta, um campeonato nacional de atletismo e uma prova de qualificação olímpica de natação em águas abertas.

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-30

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Setúbal é um mundo por descobrir

Tenho um amigo natural da Guiné-Bissau que está em Portugal, tendo vindo daquele país para aqui se curar de uma enfermidade e aproveitar também para estudar.

Em meados do ano passado disse-me que estaria a fazer uma ação de formação no Centro de Emprego e Formação Profissional de Setúbal, na área da aeronáutica.

Mostrei satisfação por esse facto, mas fiquei a pensar com os meus botões para que lhe serviria tal formação, tanto mais que um pouco de forma sonhadora ele me dizia que iria contatar determinado ministro guinéu para no seu país natal desenvolver a atividade aeronáutica.

Ora conhecendo eu um pouco aquele país e procurando acompanhar o seu desenvolvimento, infelizmente bastante deficiente, mais me convenci que o rapaz estaria não só a sonhar mas também a fazer um “curso faz de conta”.

No final do ano passado, voltamos a conversar e perguntando-lhe o que é que estava a fazer profissionalmente ele informou-me que estava numa empresa a construir peças para aviões.

- Onde?  Perguntei eu, pensando que seria em Évora onde os brasileiros da Embraer montaram uma estrutura para fabricar aeronaves.

- Em Setúbal, no Vale da Rosa, respondeu ele.

Nem pensava eu que na zona industrial setubalense onde se fabrica papel, adubos, e um sem número de coisas, sendo a mais importante a reparação naval levada a efeito na Lisnave, também se fabricavam componentes para a indústria aeronáutica.

Mas sim, fabrica-se isso e muito mais, a nascente da nossa cidade de Setúbal, para além das atividades portuárias e das indústrias que por ali se implantaram ao longo dos anos temos mais dois parques industriais importantes o da Sapec Bay, onde os industriais poderão comprar terrenos e instalar as suas indústrias e o outro designado por BlueBiz (o enorme espaço da antiga Renault) onde está sedeada a Lauak – Setúbal, a tal fabricante de peças para aviões e onde os industriais poderão arrendar espaços para desenvolverem as suas atividades industriais.

E eu a pensar que o curso que o meu amigo fez no CEFP para pouco serviria!... 

Afinal foi graças a esta certificação que ele conseguiu emprego nesta unidade industrial de ponta, que eu desconhecia existir na minha terra.

Santa ignorância!

Por isso cada dia mais me convenço que Setúbal é, de facto, um mundo por descobrir.

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-29
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Polícia cinco estrelas em Setúbal

Há algum tempo quando ia a conduzir a minha viatura tive de fazer uma travagem de emergência à entrada da rotunda, junto ao Centro Comercial Alegro, dado que se não o tivesse feito seria abalroado por uma outra que circulava pelo lado de fora.

Por desatenção e falta de cumprimento da distância de segurança a viatura que vinha atrás de mim acabou por embater na traseira da minha ocasionando estragos no para-choques.

Coloquei a sinalização de acidente vesti o colete refletor e fui conversar com o automobilista que começou por me repreender por ter travado à entrada da rotunda dizendo que eu era culpado do acidente e, como tal, deveria assinar a declaração amigável dizendo isso mesmo.

Expliquei ao condutor o motivo da minha travagem, fiz-lhe ver que era ele o culpado, mas como ele insistisse que não era, decidiu chamar a polícia.

Poucos minutos depois chegou um carro patrulha e o agente ao inteirar-se da situação resolveu a questão rapidamente esclarecendo o outro condutor da sua responsabilidade e das sanções a que estava sujeito caso insistisse em não assumir a responsabilidade. Nesse caso ele tomaria as medidas legais para aquela situação. Se  assumisse então iria embora, como se não tivesse sido chamado ao local.

Em poucos minutos estávamos a assinar a declaração amigável, que o agente ajudou a preencher e cada um foi à sua vida, graças à intervenção eficiente e profissional daquele agente da PSP de Setúbal.

Hoje vi dois agentes de volta de uma viatura que estava estacionada indevidamente num local reservado a uma Instituição de crédito.

O gerente da Instituição tinha chamado a polícia e lá estavam eles de volta da viatura parqueada. Eu vinha a passar e reconhecendo a carrinha e sabendo quem era o dono, dirigi-me aos agentes dizendo que sabia de quem era a viatura.

Um dos agentes respondeu-me que também conhecia o proprietário, e ambos sabíamos que se tratava de pessoa com grandes dificuldades económicas. O problema do agente é que não sabia como o contatar e eu prontifiquei-me a acompanhá-lo a casa do proprietário da carrinha mal estacionada, de forma a ser retirada sem multa, sabendo eu e ele que os 60 euros da coima significariam que o autuado iria passar fome.

O dono da viatura mal parqueada não estava em casa e o agente voltou para o carro patrulha e a contra gosto teve de autuar o infrator.

Despedimo-nos e depois dele se meter na viatura da P.S.P. lembrei-me de onde o conhecia, era o mesmo agente que me assistiu no acidente junto ao Alegro.

Fiquei a pensar que afinal, alguns andam na caça à multa, outros polícias parece que todos lhes devem e ninguém lhes paga, porem este agente para além de eficiente e simpático é um exemplo de profissional.

Em Setúbal temos de tudo um pouco e até temos polícias destes, que eu posso rotular como cinco estrelas.

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-27

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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O novo Citroen Mehari é filmado na Arrábida

Depois da tempestade a bonança e hoje, dia 26 de janeiro de 2016 o dia de Inverno apresentou-se com uma temperatura muito agradável, na ordem dos 18 graus com o sol a brilhar o suficiente para alegrar muitos  setubalenses e quem nos visitou.

E porque a nossa terra é dotada de belos e agradáveis espaços não é de admirar que continue a ser cada vez mais procurada por nacionais e estrangeiros pelos mais diversos motivos.

Hoje foi mais um desses dias. Uma equipa de algumas dezenas de elementos, nacionais e estrangeiros, carregados de equipamento, transportado em diversas viaturas estiveram na Praia da Figueirinha onde realizaram filmagens destinadas a um filme publicitário.

Um realizador francês apoiado por uma equipa de produção portuguesa esteve naquele belo local do Parque Natural da Arrábida com o último modelo da Citroen, o novo, bonito e desportivo Meahri.

A vedeta principal do filme contou com a colaboração de alguns artistas que no decurso das filmagens não deixaram de tomar um refrescante banho naquelas transparentes águas.

Questionados sobre o porquê de virem produzir o filme para Portugal e particularmente para a Arrábida, a resposta veio com outras:

- Onde é que temos aí pela Europa paisagem tão bonita? Onde é que se consegue estar a trabalhar em pleno Inverno em mangas de camisa? E onde é que se consegue produzir um filme destes com custos tão baixos?

A resposta estava dada!...

O restaurante e bar de apoio esteve todo o dia ao dispor da equipa, os equipamentos utilizados foram maioritariamente alugados em Portugal, a maior parte da equipa luso/francesa era nacional e certamente que muitos euros aqui foram deixados em função desta produção.

Quando se fala em promover o turismo, temos de observar a questão nas mais diversas vertentes e esta é seguramente uma área que Setúbal não pode descurar, seja na captação do turista que aqui possa chegar em barcos de cruzeiro, de autocarro, de autocaravana ou venha ele como vier, o importante é que venha.

Por outro lado, os congressos, a rodagem de telenovelas ou filmes e outros grandes e pequenos eventos devem ser acarinhados e bem recebidos por esta terra que a natureza dotou com uma beleza ímpar e com um povo participativo, bom e hospitaleiro.

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-26

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sábado, 23 de janeiro de 2016

A moda das passadeiras vermelhas

E já lá dizia o meu saudoso Chefe Joaquim, dedicado setubalense e bem conhecido escuteiro: “Um povo que não canta é um povo triste e um povo triste é um triste povo”. 

Mas, se entretanto deixamos de cantar não perdemos a mania das modas e porque aquela das tranças pretas ainda não voltou outra chegou para ficar, a moda das passadeiras vermelhas.

E como é moda, vamos encontrar essas passadeiras vermelhas rotuladas de ciclovia nos novos arruamentos e até mesmo na zona histórica. Não havendo aí ciclovia não se deixou de colocar uma enorme passadeira vermelha que tanto jeito dá, sobretudo às senhoras e idosos que transitam na Rua Antão Girão.

Somos pessoas importantes, como tal só mesmo de passadeira vermelha! E porque não temos verbas para o FESTROIA onde os artistas da sétima arte costumam usar estes luxos não quer dizer que nós os outros artistas da sétima idade não tenhamos direito a tal.

Provavelmente pensarão aqueles que me estão a ler que sou contra o uso das bicicletas. Mas não, nada disso, até sou a favor que os nossos meninos e meninas aprendam desde cedo e possam ir desde crianças até serem estudantes universitários para os seus estabelecimentos escolares nesses meios de transporte.

Também sou a favor de que possam haver bicicletas ao dispor da população como existem os carrinhos do supermercado, um investimento no ambiente e na saúde daqueles que ainda não chegaram ao inverno da vida, sem terem esses saudáveis hábitos.

Só que nem uma coisa, nem outra, nem ciclistas, a não ser os de fim-de-semana, nem bicicletas à disposição e muito provavelmente nem pernas capazes para pedalar.

A nossa população está cada vez mais envelhecida e a tendência é para aumentar. Cada vez tem menos mobilidade e para se deslocar, porque não há transportes públicos em quantidade e qualidade, é forçada a usar o automóvel, pelo que não vale a pena os iluminados insistirem em roubar espaço aos carros para o atribuir a coisa nenhuma, porque ainda não nasceram os ciclistas que irão justificar a utilização da passadeira vermelha da Alexandre Herculano e de tantas outras que por aí se construíram.

Ao ser anunciado o “repirfelamento” da Independência das Colónias, temo que não venha a caminho mais outro disparate. De concreto o que se sabe é que vai existir uma rotunda a norte e essa é bem-vinda para a fluidez e segurança do trânsito, quanto ao resto é mais uma incógnita a que os serviços de trânsito setubalense já nos habituaram.

Mas enquanto as obras chegam e não chegam vamos lá utilizando as passadeiras vermelhas, onde os pés daqueles que ao longo de uma vida de trabalho melhor se podem arrastar e onde os sapatos da salto alto das senhoras não ficam presos nas pedrinhas de calçada.

E assim lá vamos cantando e rindo (nada de confusão com o titulo do hino da extinta Mocidade Portuguesa) não a moda das tranças pretas mas a moda das passadeiras vermelhas.

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-23

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O princípio do fim?

A vedação que vemos na imagem tem cerca de quatro metros de altura e cobre alguns quilómetros do perímetro de uma enorme propriedade pública na qual se encontra inserido o Convento de São Francisco, em Setúbal, um vetusto edifício que se encontra em avançado estado de degradação.

No interior desta propriedade o Estado mandou construir um conjunto de edifícios destinados a alojar algumas centenas de alunos da Casa Pia de Lisboa.

Depois de grande parte do projeto estar concluído e milhões de euros gastos a responsável por aquela instituição decidiu que o espaço não era adequado para aquele estabelecimento pelo que os edifícios concluídos ali ficaram, qual elefante branco, impondo-se na paisagem.

Não me vou debruçar sobre esse assunto, mas tão somente pelo que se vê na foto, ou seja sobre a vedação.

Foram largos milhares de euros que aqui foram gastos e é do conhecimento público que tudo o que for metal atrai os amigos do alheio os quais curiosamente conseguem vender o produto dos seus furtos aparentemente com relativa facilidade.

Reparei que esta vedação, se mantém miraculosamente intacta, pese embora o facto de uma das barras já se apresentar como a imagem documenta, o que pode indiciar que poderemos estar em presença do princípio do fim.

Ainda que o espaço disponha de segurança privada o facto é que não é fácil patrulhar a área, atendendo às características e extensão da propriedade, pelo que se impõe que se proceda a uma rápida reparação desta parte da vedação.
Se o trabalho não for feito a curto prazo, provavelmente a próxima foto será bem mais desagradável.

E temo que assim seja, porque estando a propriedade na alçada do Poder Central e não da Autarquia isso significa que para colocar uma barra no seu lugar seja necessário uma informação para o secretário do secretário do Subsecretário de Estado que por sua vez, oportunamente informará o secretário, o qual dará instruções ao seu secretário que remeterá um ofício para as oficinas, cujo diretor informará o chefe de serviços e este blá…blá… blá… e quando o serralheiro lá chegar boa parte da vedação já era.

E assim se gastaram milhões de euros numa obra que não serve para nada, se continua a consumir largos milhares com a manutenção e ainda por cima temos situações de conservação como esta onde nada se conserva.

Dá para perceber porque é que embora sejamos mais espremidos que um limão o dinheiro dos nossos pesados impostos não chega para as despesas?

Um dos exemplos (MAU) daquilo que afirmo está aqui bem patente em Setúbal neste empreendimento estatal na quinta do Convento de S. Francisco.

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-22

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Já temos aviso no Forte de São Filipe

Se há coisas que detesto é o de apontar coisas menos boas da minha terra. Bem que poderia ficar calado, só que já lá dizia a minha avozinha: “quem cala consente” e, como tal, não ficaria bem com o minha consciência se não apontasse o que julgo estar errado, tendo por finalidade ajudar quem de direito a resolver eventuais problemas.

Reparei que na berma da estrada que vai para o Outão, perto da Albarquel foi colocada há pouco pela Câmara Municipal de Setúbal uma placa informando que o Parque de Campismo do Outão se encontra encerrado. Sendo assim não vale a pena as pessoas deslocarem-se para fora da cidade tendo por objetivo acampar naquele espaço.

Se é mau o parque estar encerrado sem data prevista de reabertura, é bom que a informação esteja disponível para os eventuais utentes que desconhecem esse facto, antes de baterem com o nariz na porta.

E pensei eu que placa idêntica estaria também colocada logo na subida da estrada que conduz ao Forte de S. Filipe, tanto mais que tendo sido questionado o Executivo pela oposição, numa reunião municipal, ficou o compromisso de ser colocada uma placa informativa, para que os eventuais visitantes não tivessem de subir toda a estrada e ao chegar ao forte se deparassem com o portão encerrado.

Movido pela curiosidade, lá fui verificar se tal tinha acontecido. Porém, não vi qualquer placa, para minha desilusão, até chegar ao encerrado portão, onde aí sim agora se encontra uma placa informativa.

Acontece que a placa é feita de um material que reflete a luz tornando-se muito difícil a leitura, depois foi colocada ficando a parte de baixo a cerca de 1,80, escrita em três idiomas, o que quer dizer que o português está a cerca de 2,50 metros de altura tornando-se extremamente complicado ler o texto na língua de Camões.

A informação está disponibilizada em português, inglês e castelhano e é do seguinte teor:

“FORTE S. FILIPE ENCERRADO PARA OBRAS INTERVENÇÃO REFORÇA ENCOSTA DA FORTALEZA

A Câmara Municipal de Setúbal, na sequência de contactos e negociações estabelecidas nos últimos meses com vários organismos para resolver o problema da Fortaleza de São Filipe, um monumento nacional da responsabilidade do Poder Central, foi incluída num aviso-convite da Autoridade de Gestão do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) para apresentar candidatura a fundos comunitários para realizar as necessárias obras de sustentabilidade da encosta onde está situado o edifício.

Assim, por motivos de segurança o Forte de S. Filipe estará encerrado ao público e o prazo de intervenção é de 24 meses”

Só consegui ler o texto, porque o fotografei e li posteriormente no computador depois de o ampliar.

Quanto à reabertura é uma incógnita dado que as obras estão previstas para durar 24 meses só que não se diz quando é que começam, nem o aviso tem qualquer data.

E pergunto eu: Será que vale a pena os visitantes nacionais e estrangeiros subirem a íngreme ladeira para chegar lá acima e deparar-se com o portão encerrado e um aviso com toda esta lenga lenga?

Não seria mais eficiente a colocação de uma placa idêntica à colocada junto à Albarquel a dizer que o forte está encerrado?

Coisa simples acho eu, mas isto é apenas um “achismo”!...

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-21

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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

No tempo dos “patos bravos”

Lembro-me que há algumas décadas havia o hábito de rotular de “patos bravos” alguns construtores civis, pessoas que embora não estivessem devidamente habilitadas tecnicamente conseguiam ganhar concursos e construíam um pouco por todo o lado, sem se preocuparem muito com a qualidade, segurança e demais regras que hoje são exigidas por Lei.
Costumavam dizer nesse tempo, a propósito da garantia dos trabalhos executados, que a mesma era válida até receber o dinheiro, como que a dizer que: “quem vem atrás que feche a porta” ou seja, uma desresponsabilização total.
Enquanto havia dinheiro, os “patos bravos” eram os melhores clientes de restaurantes caros, discotecas e as meninas não lhes faltavam.
Quando queriam construir e necessitavam do dinheiro para iniciar a obra iam ao banco contrair um empréstimo. Antes porém, compravam um fato novo e um mercedes, sinais exteriores de riqueza com que geralmente impressionavam o gerente bancário que acabava por lhes conceder o necessário financiamento.
As obras geralmente tinham de dar “meio por meio” pelo menos e para tal era frequente fugir-se à qualidade e até os projetos eram de certo modo feitos à medida do “pato bravo”.
Era comum brincar-se com a fórmula de fabrico da argamassa dizendo: “ um de areia, um de areal e outro do mesmo material” ou seja, o cimento porque era mais caro por vezes era quase esquecido.
Quanto à fiscalização camarária, dado que todo o mundo se dava muito bem e os fiscais eram bem recompensados pela sua natural miopia, doença que se estendia a outros setores, originava que os “patos bravos” proliferassem e se movessem com natural à vontade.
Durante vários anos convivi de perto com esta realidade e talvez por isso não deixo de sorrir sempre que passo pela Avenida Alexandre Herculano, tal como pelas obras inacabadas mais a montante e vejo a forma de organização do trabalho, com os separadores de transito colocados de qualquer maneira, máquinas parqueadas como calhar, trabalhos começados e não concluídos, desrespeito total pelos utentes da via e um sem número de atropelos que julgava eu que não voltaria a ver no meu país.
E acabo por sorrir ao lembrar-me dos “patos bravos” e daqueles tempos em que a legislação era ineficiente, em que a fiscalização praticamente não funcionava, em que o povo era mais inculto e por ai fora…
Hoje não é assim, temos empresas modernas que cumprem a lei, fiscalização que fiscaliza, trabalhos que são executados com perfeição e até técnicos devidamente habilitados e lúcidos que nos brindam com excelentes obras de arquitetura que são o orgulho da cidade e elogiadas pela generalidade dos seus habitantes.
Ainda não consegui perceber porque é que cada vez que passo pela Avenida Alexandre Herculano, na minha querida cidade de Setúbal, me vem sempre à mente aqueles velhos tempos dos “patos bravos”.
Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-19

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Setúbal vai ter um novo Grupo da Associação dos Escoteiros de Portugal

Coube à Associação dos Escoteiros de Portugal a formação do primeiro Grupo de escoteiros na cidade de Setúbal, um movimento universal fundado por Robert Baden-Powell, em Inglaterra, em 25 de julho de 1907.

Nos anos 20, do século XX, nasceu na cidade do Sado o grupo 40 da A.E.P. o qual teve a sua sede nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Setúbal. Este Grupo distinguia-se dos demais pelo lenço de cor azul clara que os seus membros usavam ao pescoço.

Uma histórica foto, captada nos anos 30, ostenta oito estrelas, sinal de que nessa altura o Grupo já teria oito anos de vida, embora pouco se conheça sobre o mesmo.

Em 1934 um Grupo da A.E.P. encontrava-se sedeado nas instalações da Igreja Lusitana, Católica Apostólica Evangélica, com instalações no Bairro Salgado. Desconhecemos se esta era a mesma unidade escotista que iniciou as suas atividades no quartel dos bombeiros.

Não tem sido fácil apurar pormenores sobre estas primeiras unidades escotistas, porquanto grande parte do seu espólio desapareceu durante o período do Estado Novo.

Como forma de controlar e encaminhar a juventude portuguesa segundo a sua ideologia, em 1939, o Estado Novo criou a Mocidade Portuguesa e, como tal, tentou acabar com o Escotismo, pretendendo confiscar-lhe os seus bens a favor da recentemente criada Organização.

A resistência dos jovens e dirigentes do não menos jovem Movimento foi de tal forma forte que o Estado apenas conseguiu encerrar os grupos da A.E.P. existentes nas antigas colónias ultramarinas.

Atualmente no concelho de Setúbal estão ativas mais de uma dezena de Unidades do Corpo Nacional de Escutas (Escutismo Católico Português) e apenas duas unidades da Associação dos Escoteiros de Portugal, uma na cidade de Setúbal, no Bairro da Bela Vista e outra em Azeitão.

A AEP é uma associação aberta a todos, sendo independente, interconfessional e multiétnica. 

No Parque da Bela Vista, em Setúbal, esta associação tem um monumento ao Movimento Escotista.

Em breve teremos a terceira unidade ativa da AEP a qual deverá ficar sedeada na zona da baixa da cidade e será designada por Setúbal-Sado, devendo começar a funcionar em setembro deste ano de 2016.

As pré-inscrições estão abertas para crianças entre os 6 e os 13 anos e qualquer esclarecimento sobre este novo grupo poderá ser solicitado pelo endereço: região.alemdotejo@escoteiros.pt

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-18

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Mais valia ter havido um mau acordo do que aquela boa demanda

O dia invernoso apresentava-se com o céu plúmbeo quando entrei naquele silencioso e vasto espaço. Parecia que estava a ser constantemente observado por enigmáticos seres fantasmagóricos. Porém, por ali não via ninguém!...

Na minha mente ecoava a trágica marcha fúnebre de Frédéric Chopin enquanto caminhava, explorando todos os recantos, procurando evitar fazer algum pequeno ruído que fosse.

Outrora por ali brincaram e correram alegremente muitas crianças. Adultos deliciaram-se em alegres convívios e muitos amantes da natureza saborearam a paz de espírito que a Arrábida proporciona e o rio azul oferece.

O rústico parque infantil encontra-se agora sem as normais correrias e o característico alegre chilrear das crianças. Os balancés estão quietos e pelo escorrega nenhum menino ou menina vai poder descer rapidamente. Homens ruins roubaram a chapa por onde o podiam fazer…

Apenas a memória olfativa recorda-nos o agradável cheiro da carne ou peixe a grelhar nos muitos espaços construídos para o efeito que por ali existiam. Mas, embora seja hora de almoço, os fogareiros desde há muito que deixaram de ser acesos.

As diversas instalações de apoio encontram-se de portas escancaradas, no seu interior tudo o que era fio de cobre, aparelhagem elétrica, torneiras e metais pura e simplesmente sumiram.

Documentos que outrora serviram de registo aos utilizadores daquele agradável espaço encontram-se agora espalhados pelo chão da que foi a receção deste frequentado espaço lúdico.

Por todo este vasto parque, localizado num espaço privilegiado pela natureza, impera o silêncio e a destruição.

Se outrora as coisas não correram bem entre a entidade que explorava este belo espaço e a que tinha a tutela melhor seria terem chegado a um acordo. Como tal fosse inviabilizado veio a ordem de despejo e pouco depois o anúncio de que a Câmara Municipal de Setúbal iria assumir a exploração.
Entretanto, tudo foi fechado a sete chaves e esperou-se por nova gestão que tarda em aparecer.
O tempo passou, aquilo que estava fechado, sem qualquer guarda foi fácil abrir e daí ao furto e à destruição foi apenas um pequeno passo.

Caminho por entre as árvores despidas de folhas e entre os alvéolos onde já não estão as tendas montadas, pensando e repensando se não seria melhor terem chegado a um mau acordo do que a esta boa demanda.

Setubalenses e quem nos visita ficaram privados do seu Parque de Campismo do Outão, uma estrutura que para ser reativada necessitará de muitos, mas mesmo muitos milhares de euros, graças à inabilidade de quem geriu este processo, transformando assim um belo e ativo espaço numa zona triste e sem vida, deixando-me triste.

Depois de ter captado algumas dezenas de imagens, enceto o caminho de regresso a casa pela bela estrada marginal ao rio azul que hoje se apresenta cinzento, tal como a musica que não me sai da mente, a marcha fúnebre de Chopin como se de um réquiem pelo Parque de Campismo do Outão se tratasse.

Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-14

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domingo, 10 de janeiro de 2016

O ENORME disparate já fez dez anos

O Engenheiro José Sócrates, então com responsabilidades estatais na área do Ambiente, chega a Setúbal e dirige-se para o Fórum Municipal Luísa Todi. À sua espera estavam dezoito presidentes de Câmaras Municipais um pouco de todo o país, com projetos POLIS submetidos a apreciação e, o governante veio à cidade sadina precisamente por esse motivo.
Pouco depois da sua chegada, tendo por anfitrião Máta Cáceres, o presidente da Autarquia Sadina a vasta comitiva enceta um pequeno passeio a pé pela Avenida Luísa Todi. Chega À Rua da Saúde, junto ao Quartel dos Bombeiros e volta para o fórum. Foram apreciar parte da zona a ser intervencionada no âmbito daquele programa de melhoramento das cidades.
Nesse dia o professor Máta Cáceres parecia que não cabia nas calças, provavelmente por receber tantos distintos colegas, convidados e governantes e, em pleno palco daquela emblemática sala, tratava de tentar meter a fralda da camisa dentro das calças.
Na Avenida Luísa Todi, um stand mostrava os planos daquilo que se pretendia para Setúbal, no âmbito desse programa que mudaria a face da cidade.
É bom lembrar que muito do que lá estava previsto para a Avenida Luísa Todi não viria a ser concretizado.
Mas, ao que parece a “joia da coroa” para o presidente sadino era mesmo o anfiteatro José Afonso, aquele espaço que alguns gostavam de chamar de “Mini Praça Soni” .
Quando questionado sobre a possibilidade desse projeto não ir para a frente tratou de garantir que “o projeto vai mesmo para a frente” nem que para isso a autarquia “se candidate a financiamentos”.
O projeto foi mesmo para a frente e se não foi o governante socialista que teve a honra de inaugurar a obra, ela coube a Carlos Sousa, comunista da CDU. Melhor dizendo, receber a obra em 4 de novembro de 2005, atendendo a que um espetáculo naquele espaço teria lugar muitos meses depois.
O obra da autoria do Arquiteto Manuel Salgado, custou aos contribuintes 4,3 milhões de euros e os seus 2.500 lugares pouca utilidade têm tido ao longo desta década de vida, porquanto todo o projeto é deficiente quer para quem ali possa atuar quer para quem eventualmente vá assistir a um qualquer espetáculo.
Conhecido pelos setubalenses como “Pórtico da Setenave”, “Mamarracho” ou “Túnel do Vento” o facto é que nenhuma das duas forças políticas que têm vindo a liderar o Concelho de Setúbal, pode lavar as mãos deste enorme disparate, que no passado dia 4 de novembro fez 10 anos.
Salve-se ao menos a monumental pintura feita no alçado poente, “O rapaz dos Pássaros” recriando uma foto do mestre fotografo Américo Ribeiro. O modelo está agora um pouco mais velho do que o menino pintado por Odeith, conforme a foto documenta.
Rui Canas Gaspar
2016-janeiro-10
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sábado, 9 de janeiro de 2016

Não há fome que não dê em fartura!

Num destes dias falando com um amigo que está ou esteve ligado à Comissão de Toponímia do Concelho de Setúbal e questionando-lhe sobre o porquê de ainda não ter sido atribuído o nome de um bem conhecido setubalense a uma rua da nossa cidade dizia-me ele que existiria uma lista com muitos nomes para atribuir e poucas ruas sem designação.

Curiosamente fui dar uma olhadela ao Roteiro do Concelho de Setúbal e constatei que tendo eu nascido na Rua das Oliveiras, em Setúbal, deveria passar a explicar muito bem qual delas, pois que por incrível que pareça existem duas artérias com esse mesmo nome na cidade sadina conforme se pode constatar.

OLIVEIRAS (Rua das) – Começa na Rua Manuel Gonçalves Branco e finda em beco (Quinta da Amizade), Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra.

OLIVEIRAS (Rua das) – Começa junto ao nº 60 da Rua José Carlos da Maia e finda na Rua da Brasileira (Bairro Troino/Fonte Nova), União das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça), anterior Freguesia de Nossa Senhora da Anunciada.

Falta de imaginação ou descuido? Não sou capaz de responder, apenas sei que nasci na Rua das Oliveiras quando a outra homónima ainda não passava de uma zona rural bem afastada do meu Bairro de Troino.

Também verifiquei que, por exemplo, o nome do Dr. Garcia Peres está atribuído a uma, Rua, um Beco e um Largo, claro que nada tenho contra o notável senhor, mas lá que acho que são artérias a mais com o nome da mesma pessoa, na mesma cidade, lá isso acho…

Mas, voltando à Rua das Oliveiras, então se não faz mal termos duas ruas na mesma cidade com o mesmo nome sugiro que se atribua a um largo (sem qualquer denominação) situado algures na Quinta Alves da Silva a designação de Largo de Bocage porque mais um, ou menos um, não tem importância, ou será que tem?

Já agora, é bom saber que no largo a que me refiro e que não tem qualquer designação existe aquela que foi a oficina/fábrica (com um vasto espólio oficinal e documental) de um bem conhecido setubalense, Francisco Augusto Finura, cujo nome por acaso não consegui vislumbrar no Roteiro do Concelho de Setúbal. Porque será?

Já me disseram que esta questão da toponímia é algo complicado e que a dita comissão funciona de uma maneira algo estranha. Pelos vistos a coisa não está fácil e deve ser mesmo muito difícil conseguirem-se nomes de ilustres setubalenses que se destacaram nas mais diversas atividades?

Se Francisco Finura fosse vivo ele trataria de arranjar uma rápida solução para este problema, tal como arranjou para tantos outros que se colocaram a inúmeros setubalenses a quem ele talentosamente prestou os seus serviços, mas como já faleceu resta-nos a sua memória que curiosamente ainda não consta no roteiro toponímico do concelho do seu nascimento.

Rui Canas Gaspar

09-janeiro-2016

terça-feira, 5 de janeiro de 2016




Em Setúbal na Doca dos Pescadores o “Golfinho Parade” precisa voltar a ser a “Parada dos Golfinhos”

Já lá vão cinco anos que uma brilhante ideia resultou num dos mais fotografados e atraentes motivos decorativos da cidade de Setúbal, o “Golfinho Parade”, patente ao público desde 9 de junho de 2011, na Doca dos Pescadores.

Ali foram colocadas 20 réplicas dos cetáceos, reproduzindo três das suas posições-base do movimento acima da linha de água, sendo que sete deles se apresentavam a mergulhar, outros tantos quando estão a sair da água e seis descrevendo o arco central.

Foram 341 os jovens participantes que se envolveram no trabalho de decorar estas estátuas tratando temas do Sado, de Bocage e dos mais diversificados motivos conforme inspiração dos concorrentes membros da comunidade escolar de 11 localidades de Portugal.

Foi uma excelente iniciativa promovida pela Autarquia que resultou muito bem e que rapidamente se tornou num outro colorido cartão-de-visita, provavelmente o mais fotografado nos últimos anos, quer por nacionais quer por estrangeiros, tanto mais que o enquadramento é fabuloso com palmeiras, barcos, rio e serra.

Eu gostaria, e certamente serão muitos os setubalenses que me acompanham neste desejo, que se pudesse manter este cartão naquele local por muito mais tempo.

Porém, cinco anos volvidos e, devido às características do próprio material, devido ao fácil acesso, especialmente de crianças e jovens testando a resistência dos materiais, o facto é que já não são 20 os golfinhos que lá estão e a tendência é para diminuir o seu número.

Não seria má ideia, agora que está provado que esta iniciativa é uma mais valia em termos de atração turística, que os golfinhos em falta fossem devidamente recuperados, que as suas bases de sustentação fossem revistas e aplicado material mais resistente e o “Golfinho Parade” voltasse mesmo a ser a parada de golfinhos como o foi já lá vão cinco anos.

Rui Canas Gaspar
2015-janeiro-05

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