Ora já sabem que eu estou
aqui?
Por
força da minha atividade hoje passei boa parte da manhã na zona do Miradouro de
São Sebastião e ali tive oportunidade de conversar com vários antigos moradores
da zona e com alguns turistas nacionais e estrangeiros que demandaram aquele
magnífico e ímpar lugar.
Também
mais uma vez estive a apreciar com alguma calma a obra de ampliação que foi levada
a cabo no Museu do Trabalho destinada a um estabelecimento de cafetaria ou
similar.
Passados
vários meses sobre a conclusão da mesma verifico que o espaço está fechado e
sem qualquer utilidade, embora os trabalhos de construção civil tenham sido
alvo de empreitadas com vista ao seu rápido acabamento.
Os
motivos porque aquilo onde se gastou tanto dinheiro estar inoperacional e sem utilidade
parece começarem a ser do domínio público, por isso, nem vou aqui comentar.
O
que me chamou a atenção foi para a única peça que se encontra ali dentro,
embrulhada em plástico já com alguma visível poeira, não só em cima dela mas no
próprio espaço.
Trata-se
do emblemático triciclo onde o popular “Ervilha” transportava os seus famosos e
deliciosos gelados, onde ficou célebre de entre outros o tradicional pregão: “Ora
já sabem que eu estou aqui?”
Não
me vou alongar mais e vou terminar esta nota com uma simples pergunta e
sugestão.
Será
que daria muito trabalho que se desse uma limpeza naquele espaço? E, já que lá
está, porque não tirar os plásticos do triciclo, limpá-lo e coloca-lo ali mesmo
em exposição com uma placa de dimensão adequada à leitura de quem passasse
naquela artéria?
E
já agora, aproveitando a boleia. Que tal colocar as pedrinhas na calçada nos
vários espaços onde se encontra em falta naquela turística e característica
zona?
É
que, assim como assim, sempre se daria alguma utilidade a uma obra dispendiosa,
até que nas condições em que está apareça alguma “ave rara” que vá pegar naquele
espaço de cafetaria para o explorar.
Rui
Canas Gaspar
2017-outubro-19
www.troineiro.blogspot.com
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