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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

No poupar é que está o ganho

A época natalícia é um período em que particularmente os comerciantes procuram fazer mais negócios, por vezes até numa vã tentativa de poder salvar um mau ano em que as receitas das vendas mal chegaram para cobrir as despesas.

Não é pois de admirar que tenha sido colocado ênfase por parte de pequenos comerciantes e artistas que vivem dos seus trabalhos artesanais no pequeno mas simpático mercado de Natal montado na Praça do Bocage em bonitos quiosques e pequenas bancas de venda.

Logo no início daquele evento escutei da parte de alguns destes comerciantes a sua preocupação com o custo do aluguer destes espaços, em função das vendas espectáveis.

Não sei se o negócio correu de feição para todos aqueles homens e mulheres que tentam sobreviver no meio de uma tempestade que a todos afeta, no entanto, a minha opinião é que a iniciativa é bem interessante, movimentando muitas pessoas que não se reveem no comércio praticado nas grandes superfícies comerciais.

A Praça do Bocage ficou bem agradável, os quiosques são simples mas simpáticos e ficam muito bem compostos com o tipo de iluminação natalícia proporcionada pelas micro lâmpadas.

Sei de pessoas que vindas de outras localidades aqui se deslocaram com o objetivo de visitar este espaço e adquirir algumas das prendas que tradicionalmente oferecem pelo Natal.

Estou convicto que os custos com a instalação deste espaço poderão ser minorados no próximo ano, se os seus responsáveis recorrerem a um pequeno investimento, de pouco mais do que meia dúzia de euros, ou seja a aquisição de um programador  (relógio) para acender e apagar as luzes.

É que na luminosa manhã de Natal, pelas 11,00 horas, passei por esta praça, agora com os quiosques fechados, mas com mais de uma dezena de holofotes desnecessariamente acesos.

Não sei quantos dias e quantas horas foram desperdiçadas em energia elétrica. Sei que ela é cara e que cada holofote  gastará no mínimo 250 w.

Como os custos diretos e indiretos serão necessariamente imputados a quem utiliza o espaço, basta que se desligue a iluminação quando ela não é necessária para se poupar não sei quanto, mas que não será pouco.

Com a poupança que se fará nos gastos com energia desperdiçada, poderão ser diminuídos os custos suportados pelos comerciantes e estes por sua vez, mantendo as mesmas margens de lucro, poderão diminuir o preço dos seus produtos ao cliente final.

Já lá pelo meu velhinho bairro de Troino se dizia desde os meus tempos de menino: “no poupar é que está o ganho” e julgo que não estamos mais em época de esbanjamento, de desperdício e de percas, nem que sejam a das nossas já fracas energias. Digo eu…

Rui Canas Gaspar
2014-dezembro-25

www.troineiro.blogspot.com

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