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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Para que servem as “passadeiras vermelhas” setubalenses?

Ontem (2016-set-27) pela primeira vez parqueei no novo espaço paralelo à ciclovia da Avenida Independência das Colónias, sentido sul/norte  e embora houvesse um pouco de tráfego consegui fazê-lo sem problema de maior dado que estavam dois lugares seguidos disponíveis. Como tal, o carro entrou direto sem necessidade de mais manobras.

Quando algum tempo depois vim buscar a viatura o alargado passeio não tinha qualquer cliente, tal como na simpática passadeira vermelha também não se avistava qualquer ciclista.

Como a faixa de rodagem automóvel agora se encontra mais estreita e como os lugares de estacionamento também não dispõem de grande espaço, sempre que qualquer automobilista vai entrar no mesmo forçosamente abre a porta já fora da área da faixa de rodagem.

E foi o que aconteceu.  Quando entrei no meu carro, mal tinha acabado de fechar a porta e já estava perto da viatura um ciclista que circulava pela Avenida, no mesmo sentido e que me olhou com ar mal humorado recomendando-me cuidado.

Sorri e apontei para o meu lado direito, onde foram gastos largos milhares de euros para que aqueles utentes da via publica pudessem circular com mais segurança e ordenadamente. Mas não, todos os dias vejo as ciclovias praticamente às moscas e os ciclistas a circularem nas estreitas faixas de rodagem onde embora o possam fazer era suposto serem apenas para as viaturas automóvel.

A pergunta que se impõe fazer é simples.

Ora se boa parte dos utentes das duas rodas insistem em circular pelas ruas e avenidas por onde andam os carros, para que servirão as ciclovias?

Não será que está na altura de fazer uma campanha a explicar que as novas passadeiras vermelhas não se destinam a casamentos, nem a VIPs mas sim a ciclistas?

Rui Canas Gaspar
2016-setembro-28

www.troineiro.blogspot.com

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