Para que servem as “passadeiras
vermelhas” setubalenses?
Ontem
(2016-set-27) pela primeira vez parqueei no novo espaço paralelo à ciclovia da
Avenida Independência das Colónias, sentido sul/norte e embora houvesse um pouco de tráfego consegui
fazê-lo sem problema de maior dado que estavam dois lugares seguidos disponíveis.
Como tal, o carro entrou direto sem necessidade de mais manobras.
Quando
algum tempo depois vim buscar a viatura o alargado passeio não tinha qualquer
cliente, tal como na simpática passadeira vermelha também não se avistava
qualquer ciclista.
Como
a faixa de rodagem automóvel agora se encontra mais estreita e como os lugares
de estacionamento também não dispõem de grande espaço, sempre que qualquer
automobilista vai entrar no mesmo forçosamente abre a porta já fora da área da
faixa de rodagem.
E
foi o que aconteceu. Quando entrei no meu
carro, mal tinha acabado de fechar a porta e já estava perto da viatura um
ciclista que circulava pela Avenida, no mesmo sentido e que me olhou com ar mal
humorado recomendando-me cuidado.
Sorri
e apontei para o meu lado direito, onde foram gastos largos milhares de euros
para que aqueles utentes da via publica pudessem circular com mais segurança e
ordenadamente. Mas não, todos os dias vejo as ciclovias praticamente às moscas
e os ciclistas a circularem nas estreitas faixas de rodagem onde embora o possam
fazer era suposto serem apenas para as viaturas automóvel.
A
pergunta que se impõe fazer é simples.
Ora
se boa parte dos utentes das duas rodas insistem em circular pelas ruas e
avenidas por onde andam os carros, para que servirão as ciclovias?
Não
será que está na altura de fazer uma campanha a explicar que as novas
passadeiras vermelhas não se destinam a casamentos, nem a VIPs mas sim a
ciclistas?
Rui
Canas Gaspar
2016-setembro-28
www.troineiro.blogspot.com
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