A última subida ao Alto do Formosinho
Embora
os jovens presentes naquele evento não fossem escuteiros, o tipo de atividades
que lhes proporcionamos foram idênticas ao
que os jovens deste movimento mundial levam a cabo aquando nos seus
acampamentos.
Uma
destas atividades consistia na subida ao ponto mais alto da Península de
Setúbal, o Alto do Formosinho, pelo que pedi a um experiente chefe escuteiro
que guiasse o grupo, ficando eu para trás, tipo “carro vassoura” estando no
entanto mentalmente preparado de que já não conseguiria completar o meio
quilómetro do trajeto sempre a subir.
Acontece
que passados algumas dezenas de metros andados, encosta acima, dei conta de que
um dos jovens mostrava alguma dificuldade pelo que lhe disse para descansar e
não tentar a subida até ao marco ao que o rapaz me respondeu que queria lá
chegar mesmo que fosse o último.
Bem,
como “querer é poder” embora caminhando mais devagar o moço gordinho foi
trepando pelos íngremes carreiros e eu a acompanhá-lo e
poucos minutos
depois do grupo ter chegado ao cimo da serra lá chegávamos os dois a tempo de fazer o registo fotográfico para a
posteridade e admirar a soberba paisagem que daquele ponto se desfruta desde o
Monte Abraão, até ao Atlântico, de Troia a Lisboa…
A
atitude de perseverança daquele jovem levou-me também a conseguir aquilo que já
tinha dado por impensável e não lhe tinha confessado, ficando para mim mais uma
lição daquelas que vamos aprendendo ao longo da vida , ou seja: “faz mais quem quer do que quem pode”.
Rui
Canas Gaspar
Troineiro.blogspot.com
21-julho-04
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