O bonito extremo poente da
Avenida Luísa Todi
Parece
que as coisas bonitas e arranjadas têm a tendência para se manterem mais a
salvo do vandalismo que aquelas que apresentam um ar menos cuidado.
Ao
terem aspeto de falta de utilização bens móveis e imóveis rapidamente começam a
ser vandalizados com inestéticas pinturas e iniciam um rápido processo de
degradação a que se segue o furto sistemático de tudo o que seja vendável, sem
que estejam a salvo até as portas e janelas se estas foram metálicas.
Exemplos
do que acabo de afirmar encontram-se um pouco por todo o lado e não só na
bonita cidade de Setúbal.
O
contrário também parece ser verdade. A limpeza, a recuperação, a ocupação e o
cuidado com esses bens propícia o afastamento do vandalismo, o que não quererá
dizer que o elimine, mas certamente minimiza, em muito, os seus nefastos
efeitos.
Experimentemos
limpar no dia seguinte os grafittis e
tags que tenham sido feito na véspera,
repintando a parede. Certamente que os autores dos mesmos demorarão muito mais
tempo a sujar esse espaço, até porque o seu trabalho deixou de ter aquilo que
era seu objetivo, a visibilidade e a sua “assinatura”.
Um
bom exemplo do que digo é o extremo poente da Avenida Luísa Todi com o muro do
Externato Diocesano sempre bonito, ostentando sugestivas pinturas relacionadas
com aquele conceituado estabelecimento de ensino, e com os pequenos edifícios que
lhes estão adjacentes, na Rua do Mal Cozinhado, sempre bem pintados e de
excelente apresentação.
Bem
sabemos que nem sempre os proprietários ou utilizadores das propriedades
vandalizadas têm capacidade económica para arcar com este tipo de despesas, mas
também sabemos que se não se gastar hoje dez, amanhã teremos de desembolsar cem,
por isso, mal por mal, à que optar pelo mal menor.
Mas
foi o objetivo de chamar a atenção para as bonitas imagens que desde à muito
alegram a ponta final da principal avenida da cidade, e que de muitos é
desconhecida, que trago de novo à baila este assunto que preocupa muitos dos
nossos pacatos cidadãos.
Rui
Canas Gaspar
Setúbal,
2014-fevereiro-02
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