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domingo, 2 de fevereiro de 2014

O bonito extremo poente da Avenida Luísa Todi

Parece que as coisas bonitas e arranjadas têm a tendência para se manterem mais a salvo do vandalismo que aquelas que apresentam um ar menos cuidado.

Ao terem aspeto de falta de utilização bens móveis e imóveis rapidamente começam a ser vandalizados com inestéticas pinturas e iniciam um rápido processo de degradação a que se segue o furto sistemático de tudo o que seja vendável, sem que estejam a salvo até as portas e janelas se estas foram metálicas.

Exemplos do que acabo de afirmar encontram-se um pouco por todo o lado e não só na bonita cidade de Setúbal.

O contrário também parece ser verdade. A limpeza, a recuperação, a ocupação e o cuidado com esses bens propícia o afastamento do vandalismo, o que não quererá dizer que o elimine, mas certamente minimiza, em muito, os seus nefastos efeitos.

Experimentemos limpar no dia seguinte os grafittis e tags que tenham sido feito na véspera, repintando a parede. Certamente que os autores dos mesmos demorarão muito mais tempo a sujar esse espaço, até porque o seu trabalho deixou de ter aquilo que era seu objetivo, a visibilidade e a sua “assinatura”.

Um bom exemplo do que digo é o extremo poente da Avenida Luísa Todi com o muro do Externato Diocesano sempre bonito, ostentando sugestivas pinturas relacionadas com aquele conceituado estabelecimento de ensino, e com os pequenos edifícios que lhes estão adjacentes, na Rua do Mal Cozinhado, sempre bem pintados e de excelente apresentação.

Bem sabemos que nem sempre os proprietários ou utilizadores das propriedades vandalizadas têm capacidade económica para arcar com este tipo de despesas, mas também sabemos que se não se gastar hoje dez, amanhã teremos de desembolsar cem, por isso, mal por mal, à que optar pelo mal menor.


Mas foi o objetivo de chamar a atenção para as bonitas imagens que desde à muito alegram a ponta final da principal avenida da cidade, e que de muitos é desconhecida, que trago de novo à baila este assunto que preocupa muitos dos nossos pacatos cidadãos.

Rui Canas Gaspar

Setúbal, 2014-fevereiro-02












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