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domingo, 2 de março de 2014

A “bagunça” no trânsito junto às obras do Alegro

Todos nós sabemos que as obras implicam incómodos mais ou menos graves, em função do seu tempo de duração e das precauções tomadas, ou não, no decurso das mesmas.

Diariamente passo junto às grandes obras que estão a ser levadas a efeito à entrada de Setúbal, onde irá surgir o moderno Centro Comercial Alegro e aprecio a rapidez e coordenação de trabalhos quer com a construção do edifício propriamente dito, quer com as alterações que se fazem na rede viária envolvente.

Na minha qualidade de utilizador frequente daquela artéria da cidade, aceito os constrangimentos do trânsito, especialmente nas horas de ponta. Louvo até a eficiência com que tem decorrido os trabalhos de alteração das vias e sobretudo da colocação de novos coletores que implicam grandes aberturas no solo e substancial movimentação de equipamentos e meios humanos.

O mesmo não poderei dizer em relação ao sistema de sinalização e prevenção de acidentes rodoviários na zona dos trabalhos das vias de circulação.

Nesta área não tem havido o cuidado de iluminar o local, ainda que de forma provisória, de colocar material refletor e muito menos de encher de água ou areia as caixas plásticas com que se formam as rotundas ou divisórias provisórias das faixas de rodagem.

Frequentemente, tenho observado que muitas dessas caixas estão fora das improvisadas rotundas ou mais grave ainda, quando faz um pouco de vento, como aconteceu na noite de sábado 1 de março deste ano de 2014, várias delas acabaram por ficar disseminadas ao longo da avenida, obrigando os condutores a uma autêntica prova de perícia para evitar aqueles inesperados obstáculos.

Obra não significa anarquia no tráfego, pelo que urge que sejam tomadas medidas imediatas para colocar um ponto final nesta autêntica “bagunça” e falta de profissionalismo com que os condutores são diariamente confrontados.

Qualquer “técnico” saberá resolver este assunto, ou pelo menos minimizá-lo, basta para isso encher de água as caixas (tem uma entrada em cima para poder meter a mangueira…) Colocar material refletor ao longo da via. Instalar iluminação provisória (há muita e de vários tipos no mercado…) e, já agora, porque os acidentes envolvendo viaturas automóveis são necessariamente caros, porque não colocar diariamente de piquete pelo menos um trabalhador, 24 horas por dia, de vigilância e pronto para uma primeira intervenção às zonas de trabalhos?

Será que os automobilistas setubalenses e todos os outros que entram ou saem da cidade por aquela movimentada via vão ter de aturar esta “bagunça” durante muito mais meses, até ao final do ano, quando se prevê estejam completados os trabalhos? É que ainda há muita obra para fazer nas vias para montante e para jusante.

Espero bem que não, e que seja tomada na devida consideração esta injustificável anomalia. Que não seja necessário ter de recorrer a outro tipo de manifestação que não seja a de alertar os condutores, as empresas envolvidas e as autoridades responsáveis através deste meio colocado à disposição dos cidadãos.

Rui Canas Gaspar

2014-Março-02

A Diretora do Centro Comercial Alegro, a quem foi enviado o texto, remeteu uma mensagem de resposta ao mesmo onde de entre outros considerandos destaco o seguinte, que agradeço:

“Perante a pertinência das questões ali levantadas, tomámos a liberdade de as fazer chegar à entidade promotora do Loteamento, onde o futuro Alegro Setúbal está inserido, e que é responsável, entre outras, pela execução de todas as obras relativas à rede viária.


Não deixaremos de acompanhar este tema, utilizando os canais de comunicação privilegiados com o referido promotor, com o objetivo de minimizar os referidos constrangimentos.”

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