A “bagunça” no trânsito
junto às obras do Alegro
Todos
nós sabemos que as obras implicam incómodos mais ou menos graves, em função do
seu tempo de duração e das precauções tomadas, ou não, no decurso das mesmas.
Diariamente
passo junto às grandes obras que estão a ser levadas a efeito à entrada de
Setúbal, onde irá surgir o moderno Centro Comercial Alegro e aprecio a rapidez e coordenação de
trabalhos quer com a construção do edifício propriamente dito, quer com as
alterações que se fazem na rede viária envolvente.
Na
minha qualidade de utilizador frequente daquela artéria da cidade, aceito os
constrangimentos do trânsito, especialmente nas horas de ponta. Louvo até a eficiência
com que tem decorrido os trabalhos de alteração das vias e sobretudo da
colocação de novos coletores que implicam grandes aberturas no solo e substancial
movimentação de equipamentos e meios humanos.
O
mesmo não poderei dizer em relação ao sistema de sinalização e prevenção de
acidentes rodoviários na zona dos trabalhos das vias de circulação.
Nesta
área não tem havido o cuidado de iluminar o local, ainda que de forma
provisória, de colocar material refletor e muito menos de encher de água ou
areia as caixas plásticas com que se formam as rotundas ou divisórias provisórias
das faixas de rodagem.
Frequentemente,
tenho observado que muitas dessas caixas estão fora das improvisadas rotundas
ou mais grave ainda, quando faz um pouco de vento, como aconteceu na noite de
sábado 1 de março deste ano de 2014, várias delas acabaram por ficar disseminadas ao longo
da avenida, obrigando os condutores a uma autêntica prova de perícia para
evitar aqueles inesperados obstáculos.
Obra
não significa anarquia no tráfego, pelo que urge que sejam tomadas medidas imediatas
para colocar um ponto final nesta autêntica “bagunça” e falta de
profissionalismo com que os condutores são diariamente confrontados.
Qualquer
“técnico” saberá resolver este assunto, ou pelo menos minimizá-lo, basta para
isso encher de água as caixas (tem uma entrada em cima para poder meter a
mangueira…) Colocar material refletor ao longo da via. Instalar iluminação
provisória (há muita e de vários tipos no mercado…) e, já agora, porque os
acidentes envolvendo viaturas automóveis são necessariamente caros, porque não
colocar diariamente de piquete pelo menos um trabalhador, 24 horas por dia, de vigilância
e pronto para uma primeira intervenção às zonas de trabalhos?
Será
que os automobilistas setubalenses e todos os outros que entram ou saem da
cidade por aquela movimentada via vão ter de aturar esta “bagunça” durante muito mais meses, até ao final
do ano, quando se prevê estejam completados os trabalhos? É que ainda há muita obra para fazer nas vias para montante e para jusante.
Espero
bem que não, e que seja tomada na devida consideração esta injustificável anomalia. Que não seja necessário ter de recorrer a outro tipo de
manifestação que não seja a de alertar os condutores, as empresas envolvidas e
as autoridades responsáveis através deste meio colocado à disposição dos
cidadãos.
Rui
Canas Gaspar
2014-Março-02
A
Diretora do Centro Comercial Alegro, a quem foi enviado o texto, remeteu uma
mensagem de resposta ao mesmo onde de entre outros considerandos destaco o
seguinte, que agradeço:
“Perante a pertinência das questões ali
levantadas, tomámos a liberdade de as fazer chegar à entidade promotora do
Loteamento, onde o futuro Alegro Setúbal está inserido, e que é responsável,
entre outras, pela execução de todas as obras relativas à rede viária.
Não deixaremos de acompanhar este tema,
utilizando os canais de comunicação privilegiados com o referido promotor, com
o objetivo de minimizar os referidos constrangimentos.”
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