Há má utilização de algum
equipamento no Edifício dos Cacifos dos Pescadores
Nesta
altura dano, em agosto, tal como na Primavera, em maio, acontecem as conhecidas
marés-vivas que fazem subir a água a um nível que quase transborda as muralhas
ribeirinhas e, quando vaza, podemos ver o pé ré fora de água, ou seja a
estrutura de pedra a partir da qual arranca a muralha da doca. E, foi esse
acontecimento semestral que me levou a ir observá-lo de perto.
Ao
conversar com alguns amigos que têm uns cacifos no edifício próprio para a guarda
dos apetrechos de pesca, faço-lhes o reparo de que teria visto um ralo com vestígios
de ali ter sido despejado óleo. Respondem-me que existe por lá um colega que
insiste em despejar nesse ralo as cinzas do fogareiro depois de fazer as suas
assadas, em vez de as ir despejar no rio como geralmente fazem os outros.
Esse
mau hábito já teria mesmo ocasionado por várias vezes o entupimento daquele
cano de saída de águas pluviais e de limpeza, tendo sido desentupido por outros
colegas.
Questiono
sobre se alguma vez chamaram a atenção daquela pessoa de tão maus hábitos. Disseram-me que sim, mas que o indivíduo é intratável.
O
mesmo que acontece com essa canalização sucede também com as instalações
sanitárias, onde alguém tem o mau hábito de jogar pontas de cigarros para os urinóis
ocasionando o seu entupimento, o que levou algum utente a escrever na parede um
aviso para não deitarem ali os cigarros.
Um
dos utilizadores daquele espaço congratulava-se com os arranjos e melhoramentos
que têm vindo a ser feitos no edifício dos cacifos e no exterior à sua volta,
manifestando a esperança de que as portas dos mesmos venham a ser pintadas,
dado que a ferrugem vai tomando conta delas, embora um ou outro utente de
quando em vez as esteja a pintar.
Claro
que a APSS proprietária daquele edifício tem estado a melhorar aquele espaço pretendendo
até dotá-lo de condições de segurança de forma a evitar intrusão de pessoas que
não tenham ali cacifos, isso de facto é de sua competência e provavelmente até
acabará por pintar as portas, fazendo assim um trabalho completo de manutenção.
Agora
o que não se pode exigir ao senhorio é que pelo uso inadequado do equipamento
por parte de alguns utentes seja obrigado a policiar e a reparar instalações
devido a maus hábitos de alguns dos seus utilizadores.
Segundo
minha modesta opinião compete aos próprios arrendatários do espaço
organizarem-se, como se faz num prédio de habitação, nomearem uma administração
do condomínio e estipularem as normas de sã convivência, disciplinando se for o
caso aquelas pessoas que teimam em manter comportamentos antissociais. Digo eu…
Rui
Canas Gaspar
2014-agosto-13
www.troineiro.blogspot.com
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