O “Ti João” se fosse vivo faria este ano 100 anos
Se perguntarem aos habitantes de
Setúbal quem foi João Maria Afonso Lopes, provavelmente a maior parte deles
diziam não conhecer. Se se dissesse que até foi atribuído o seu nome a uma rua
da nossa cidade, lá para os lados da Azeda, muitos deles encolheriam os ombros.
Mas
se formos para as bandas das Fontainhas, Bairro Santos Nicolau e grande parte
da zona nascente da cidade e perguntarmos se alguma vez ouviram falar do “João
Sacristão” provavelmente ouviríamos como resposta: “ele é meu padrinho”. De facto, o “ti João” como eu e muitos dos
escuteiros gostávamos de o tratar apadrinhou centenas, ou milhares de crianças
que foram batizadas na Paróquia de São Sebastião.
Tratava-se
de um homem dinâmico e empreendedor, de estrutura franzina, mas muito rijo, que
dedicou grande parte da sua vida à paróquia de S. Sebastião, em Setúbal.
A
quase todos os seus 8 filhos proporcionou a educação e formação adequada para
que pudessem singrar na vida.
Residindo
em Setúbal nas instalações anexas à Igreja de S. Sebastião, onde hoje funcionam
os agrupamentos de escuteiros terrestres e marítimos a certa altura decidiu
fazer a sua própria casa e foi ele que deitou mãos à obra e com toda a família edificaram
uma casa junto à “barreira” posteriormente demolida para ser construída a
avenida onde hoje assistimos à popular Festanima”.
Se
hoje temos a Festa da Troia a ele se deve, tal como se deve a este dinâmico
homem o nicho a Nossa Senhora do Cais, à beira-rio e a capela no bairro do Faralhão,
de entre outras iniciativas.
Se
o “ti João” fosse vivo faria este ano 100 anos e acreditem que são muitos os
setubalenses que guardam uma grata recordação deste homem simples que soube
ajudar os mais necessitados como ninguém e que foi um exemplo de um excelente
chefe de família.
Rui
Canas Gaspar
2014-agosto-19
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