O perigo espreita na
Arrábida
A
Serra da Arrábida cada vez é mais visitada por nacionais e estrangeiros que
apreciam nos diversos miradouros existentes em alguns pontos privilegiados no
alto da serra uma soberba e ímpar panorâmica.
O
Parque Natural da Arrábida colocou, e muito bem, alguns painéis interpretativos
de modo a que os visitantes, ao observarem-nos, melhor se possam situar e
localizar os diversos pontos de interesse ao alcance da sua vista.
Nesses
mesmos painéis está disponibilizada também variada informação sobre a fauna e
flora local.
Pela
qualidade deste material verifica-se que foi feito um esforço financeiro
substancial para que os visitantes daquele espaço melhor o possam conhecer e
potenciar o seu conhecimento sobre este maravilhoso local.
Os
miradouros tornaram-se assim mais atraentes e, é comum vermos muitíssimos visitantes
parados nesses espaços a captar imagens fotográficas, algumas delas de rara
beleza.
Mas…
o que de facto não tem qualquer beleza é o incompreensível estado do pavimento
desses miradouros, particularmente daqueles mais visitados por estarem junto à
estrada.
Nada
que duas ou três barricas de material betuminoso não pudesse resolver, evitando-se
assim o “disparo” de cascalho nas mais diversas direções com o consequente
perigo que isso representa.
É
que com os buracos abertos no pavimento o cascalho encontra-se solto e ao ser
pressionado lateralmente pelos pneus dos automóveis saltam nas mais diversas
direções e foi por pouco que uma senhora estrangeira não foi gravemente atingida
esta semana por um desses perigosos “projeteis”.
Se
é bom podermos colocar a nossa Arrábida no topo das atenções mundiais. Se é louvável
a iniciativa da colocação dos painéis informativos, não deixa de ser
incompreensível que os responsáveis por aquele espaço não tenham em atenção um
tão desprestigiante e perigoso aspeto, de tão fácil e rápida resolução.
Gostaríamos
de continuar a ver a nossa Arrábida no topo dos noticiários mas pelas melhores
razões e não por um qualquer acidente que pode e deve ser evitado por quem de direito.
Rui
Canas Gaspar
2014-agosto-12
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