notícias, pensamentos, fotografias e comentários de um troineiro

sexta-feira, 15 de agosto de 2014


Setúbal tornou-se uma cidade conservadora?

Ao fim da manhã do dia 8 de setembro de 2011, Miguel Macedo, anunciou a aprovação de uma proposta de lei que determinou a liquidação do património dos governos civis, definindo também o regime legal aplicável aos seus funcionários.

“Na prática, o Conselho de Ministros acaba hoje com os governos civis” declarou então o Ministro da Administração Interna, ao desempenhar o papel de coveiro do órgão de administração pública que representou administrativamente o Governo da República Portuguesa no distrito.

Menos um serviço do Estado, mais economia, mais disponibilidade de espaço para outros usos e sendo assim, foi pacífica a aceitação da medida por parte da generalidade dos portugueses.  

Mas, e há sempre um mas, parece que na cidade que alguns chamam de progressista, outros de cidade do Rio Azul e que também é conhecida por Setúbal, o tempo parou. Agora parece que esta é uma cidade conservadora, que preza por demais as suas antigas estruturas.

E para que não restem dúvidas, se por todo o país os Governos Civis foram extintos parece que na terra de Bocage isso não aconteceu, porquanto o edifício localizado na Avenida Luísa Todi, continua com a placa indicativa de que ali ainda está o tal dito extinto governo civil.

Ao que parece a PSP estava ultimamente a utilizar o espaço que conforme entretanto foi anunciado teria sido adquirido pela Câmara Municipal por um valor de um milhão e duzentos e cinquenta mil euros, a pagar a “bochechos” ao longo de 15 anos.

O edifício adquirido será destinado ao Conservatório Regional de Música, entidade que pagará uma renda ao novo senhorio, a Câmara Municipal.

Desenganem-se aqueles que pensam que a progressiva cidade de Setúbal, parou no tempo e se tornou conservadora. Estava a brincar!

Quem deve andar um pouco lenta, ou muito ocupada é a entidade “responsável” que já deveria ter retirado uma placa em acrílico sobre chapa metálica que não faz qualquer sentido existir desde 2011.

Mas, as coisas são o que são e, temos de viver com o que temos, até com estas situações bem elucidativas do funcionamento da emperrada máquina pública, bem oleada com os nossos pesados impostos e que, no entanto, trabalha a três tempos: Devagar, devagarinho e parada.

Rui Canas Gaspar
2014-agosto-15


Sem comentários:

Enviar um comentário