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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

FORTE DE SÃO FILIPE, EM SETÚBAL

Mais meia centena de visitantes que se livraram de bater com o nariz no portão

Depois de ler o “Coisas de Setúbal” aquela professora, responsável pela área de projeto da sua escola, chegou à conclusão que provavelmente não poderia trazer a meia centena de meninos até ao Forte de São Filipe, em Setúbal, para uma visita de estudo.

Telefonou-me a perguntar se era verdade ou não que o forte não estava acessível a visitas.  Depois de lhe ter confirmado e porque ela não conhecia Setúbal acedi ao convite de lhe sugerir um programa alternativo para as suas crianças.

Atrevi-me a propor-lhe que pudesse visitar o Museu do Trabalho, onde as crianças poderiam aprender sobre a indústria conserveira e vivenciar o trabalho daqueles homens e mulheres que trabalharam na fábrica. Depois desceriam até à Praça do Bocage para aprenderem mais sobre esse grande poeta setubalense e finalmente dirigir-se-iam para o Parque Urbano de Albarquel onde fariam um piquenique.

Enquanto ia falando, do outro lado da linha a professora seguia através da internet o programa que eu lhe ia delineando e mostrava-se visivelmente satisfeita. E, como já tinha autocarro cedido pela sua autarquia para transporte dos alunos e porque o programa que lhe estava a sugerir era isento de custos mais satisfeita ficou.

Eu também fiquei satisfeito por ter sido útil e, sobretudo, por ter evitado que meia centena de crianças e professores vindos de outra localidade até Setúbal, batessem com o nariz no portão do nosso Forte de São Filipe.

Curiosamente, continuamos a constatar que não existe qualquer aviso nem no início da estrada de acesso nem no próprio portão do forte a informar os turistas nacionais e estrangeiros para o facto daquele monumento estar encerrado.

Considero este facto uma falta de respeito pelos visitantes e uma situação nada abonatória para o turismo local, pelo que me atrevo a solicitar a um qualquer partido político, candidato às próximas eleições, que reserve uns trocados para imprimir um cartaz que logo no início da estrada de acesso informe que não vale a pena ir até lá acima visitar o “castelo” porque o mesmo está encerrado.

Quando se gasta tanto dinheiro em material de propaganda, penso que um cartaz não deve fazer grande mossa no orçamento e daria muito jeito a muito boa gente que diariamente perde o seu tempo ingloriamente. Digo eu!...

Rui Canas Gaspar
2015-setembro-07

www.troineiro.blogspot.com

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