FORTE DE SÃO FILIPE, EM
SETÚBAL
Mais meia centena de
visitantes que se livraram de bater com o nariz no portão
Depois
de ler o “Coisas de Setúbal” aquela professora, responsável pela área de
projeto da sua escola, chegou à conclusão que provavelmente não poderia trazer
a meia centena de meninos até ao Forte de São Filipe, em Setúbal, para uma
visita de estudo.
Telefonou-me
a perguntar se era verdade ou não que o forte não estava acessível a visitas. Depois de lhe ter confirmado e porque ela não
conhecia Setúbal acedi ao convite de lhe sugerir um programa alternativo para
as suas crianças.
Atrevi-me
a propor-lhe que pudesse visitar o Museu do Trabalho, onde as crianças poderiam
aprender sobre a indústria conserveira e vivenciar o trabalho daqueles homens e
mulheres que trabalharam na fábrica. Depois desceriam até à Praça do Bocage para
aprenderem mais sobre esse grande poeta setubalense e finalmente dirigir-se-iam
para o Parque Urbano de Albarquel onde fariam um piquenique.
Enquanto
ia falando, do outro lado da linha a professora seguia através da internet o
programa que eu lhe ia delineando e mostrava-se visivelmente satisfeita. E,
como já tinha autocarro cedido pela sua autarquia para transporte dos alunos e
porque o programa que lhe estava a sugerir era isento de custos mais satisfeita
ficou.
Eu
também fiquei satisfeito por ter sido útil e, sobretudo, por ter evitado que
meia centena de crianças e professores vindos de outra localidade até Setúbal,
batessem com o nariz no portão do nosso Forte de São Filipe.
Curiosamente,
continuamos a constatar que não existe qualquer aviso nem no início da estrada
de acesso nem no próprio portão do forte a informar os turistas nacionais e
estrangeiros para o facto daquele monumento estar encerrado.
Considero
este facto uma falta de respeito pelos visitantes e uma situação nada
abonatória para o turismo local, pelo que me atrevo a solicitar a um qualquer
partido político, candidato às próximas eleições, que reserve uns trocados para
imprimir um cartaz que logo no início da estrada de acesso informe que não vale
a pena ir até lá acima visitar o “castelo” porque o mesmo está encerrado.
Quando
se gasta tanto dinheiro em material de propaganda, penso que um cartaz não deve
fazer grande mossa no orçamento e daria muito jeito a muito boa gente que
diariamente perde o seu tempo ingloriamente. Digo eu!...
Rui
Canas Gaspar
2015-setembro-07
www.troineiro.blogspot.com
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