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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Ainda a questão dos parquímetros em Setúbal

Ao que parece a procissão ainda vai no adro sobre a questão dos parquímetros em Setúbal, dado que não foi discutido o regulamento do concurso público, nem sequer está definido quem “vigia” as máquinas, se pessoal da C.M.S., se P.S.P. ou se empresa privada. É tudo uma questão de quem faz melhor e mais barato, só que até lá…

Uma coisa parece ser dada como certa, esta verdadeira praga vai alastrar-se como os tentáculos de um gigantesco polvo, deixando o centro da cidade para se deslocar para as zonas residenciais e, nem a Fonte Nova vai escapar aos seus insaciáveis desejos.

A Avenida Rodrigues Manito, as zonas envolventes do estádio do Vitória estão agora na mira da Autarquia que já cobra a mais alta taxa de IMI. Ou seja, para agravar a situação dos munícipes, vamos tributar-lhes com mais esta taxa, sim porque os moradores para provarem que o são terão de ter um cartão que será pago à Autarquia, ou seja, mais uma taxa camuflada.

Entretanto, despertou-me a curiosidade a pertinente questão levantada pelo nosso amigo Cruz Gaspar na página de facebook, “Coisas de Setúbal” sobre a obrigatoriedade de calibragem dos aparelhos.

Ora sendo os parquímetros propriedade da Câmara Municipal de Setúbal e encontrando-se os da baixa da cidade sob exploração da Resopre não deixa de ser estranho que seja a empresa exploradora que afixou nas ditas máquinas a informação de que foram verificadas em 2016 e que voltarão a sê-lo em 2017.

Não sou entendido nestas coisas, no entanto, e como perguntar não ofende deixem-me colocar a seguinte questão: - Será que a empresa que explora uma  máquina é a mesma que informa os seus utentes que ela está a funcionar devidamente?

Aqui no meu prédio, a máquina que me ajuda a subir até ao meu andar, a que normalmente chamamos de elevador, tem uma certificação emitida por um organismo oficial, o mesmo acontecendo, segundo creio, com as balanças e outros aparelhos de precisão.

Se calhar aos malfadados parquímetros aplica-se outra legislação, o que não me parece uma situação muito saudável.

Mas como de parquímetros só percebo a enorme quantidade de moedas que sou obrigado a colocar nas máquinas, uma verdadeira renda mensal, e as outras tantas que dou, voluntariamente, aos arrumadores, gostaria de ver este assunto tratado de forma a que não fosse onerado ainda mais o automobilista que já se encontra mais espremido que um limão.

Rui Canas Gaspar
2016-abril-08

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