Em Setúbal começa a ver-se
a força de novos investidores
No
Dia de Todos-os-Santos, primeiro de novembro de 2015, quando se assinalavam 261
anos sobre a data do terramoto que destruiu boa parte de Lisboa e cujos nefastos
efeitos se sentiram até ao Norte de África, abateu-se um outro cataclismo sobre
algumas terras algarvias, com especial destaque para a baixa da cidade de
Albufeira.
As
chuvas torrenciais arrastaram terras e pedras, entraram por lojas e garagens e
levaram consigo esplanadas inteiras com centenas de mesas e cadeiras, ao mesmo
tempo que inutilizavam equipamentos hoteleiros e toda a sorte de objetos que se
encontravam para venda nas muitas lojas comerciais.
A
água chegou a mais de dois metros de altura, deixando a sua marca de lama
assinalada nas paredes.
Comerciantes,
funcionários da autarquia, escuteiros e outros voluntários mobilizaram-se para
repor a normalidade possível e, quatro meses depois, a capital do turismo
português apresenta-se quase como se nada ali tivesse ocorrido, com apenas meia
dúzia de estabelecimentos ainda em fase de recuperação.
Isto
é a demonstração clara e inequívoca da força e pujança não só dos portugueses
mas dos comerciantes e proprietários das mais diferentes nacionalidades, que
naquela autêntica “Babel” governam a vida.
Ao
olhar agora para a cidade de Setúbal observo que na sua baixa muita coisa está
a mudar, com estabelecimentos a serem explorados por chineses, brasileiros,
indianos, paquistaneses, etc.
Também
se verifica que alguns edifícios de grande volumetria se encontram a ser
intervencionados e dali sairão em breve Hosteis e renovados apartamentos, bem
como algumas novas lojas. Aqui seguramente o investimento não se deve somente
aos setubalenses!...
Pessoalmente
prefiro ver a minha cidade, e particularmente a sua baixa, com este tipo de
dinamismo do que com o seu comércio tradicional encerrado e os prédios a cair
de podre.
Que
venham pois estrangeiros e portugueses de todos os cantos do mundo dinamizar a
minha terra, pois serão naturalmente bem-vindos, sejam eles comerciantes,
proprietários ou turistas. Eles são naturalmente pessoas empreendedoras e que
não viram a cara ao risco, tal como aqueles que se sedearam em Albufeira e que
em poucos meses renovaram o que foi praticamente destruído na globalidade.
É
claro que para aqueles “velhos do Restelo” se se mexerem a tempo ainda pode ser
que encontrem na baixa de Setúbal algum espaço disponível onde possam abrir uma
loja de antiguidades.
Digo eu!...
Rui
Canas Gaspar
2016-abril-03
www.troineiro.blogspot.com
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