Na rota dos nossos
antepassados fenícios
Aqueles homens, após
entrarem nas águas azuis e calmas do estuário do Sado, olhando para o lado
direito, provavelmente o que ali viam não seria a grande língua, formando a
península de areia branca tal como hoje a conhecemos.
Estes antigos
navegadores e comerciantes, membros de um povo culto e habilidoso que também
participou na construção do célebre Templo de Salomão, acharam então por bem
edificar uma feitoria em Abul, um local situado um pouco para montante, na
margem direita do rio. A feitoria seria uma construção que lhes serviria de
armazém e base de apoio para os seus negócios internacionais.
Passados que foram
algumas centenas de anos sobre a chegada destes dinâmicos comerciantes
marítimos da antiguidade, seriam os conquistadores e colonizadores romanos que
se viriam a instalar nesta região.
Nesse tempo, é bem
possível que a paisagem da margem esquerda do Sado que se apresentava perante o
seu olhar, junto à foz, ainda não fosse uma península, mas sim um cordão
composto por algumas ilhas, sendo provavelmente a maior delas aquela designada
por Ácala.
E foi precisamente a
bordo de uma embarcação com o sugestivo nome de “Ácala” que hoje subi o Sado,
passando precisamente frente a Abul, onde os nossos antepassados fenicios
instalaram a sua feitoria. Esta foi uma agradável viagem pela História muito mais
do que um simples e agradável cruzeiro fluvial pelo nosso
rio azul.
Rui Canas Gaspar
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