O abandonado e quase esquecido Forte
do Casalinho
A foto que aqui vemos mostra-nos uma desativada estrutura
militar (ao tempo ainda operacional) e foi
captada precisamente à 75 anos, pelo avô do nosso conterrâneo e provavelmente o
melhor conhecedor das coisas de Setúbal, António Cunha Bento.
A imagem mostra-nos o Forte do Casalinho, equipado e pronto
para entrar em ação no âmbito da Primeira Grande Guerra, a par de outra
estrutura do mesmo tipo, embora inacabada, o vizinho Forte de Milregos, implantado
na margem esquerda da Ribeira da Ajuda, bem perto do Parque de Merendas da
Comenda.
Presentemente os artilheiros das peças Krupp de 280mm teriam
alguma dificuldade em dispara-las nem com o apoio do Moinho da Desgraça que
lhes servia de posto de observação, porquanto os pinheiros de Alepo cresceram à
sua volta de forma desordenada, por toda aquela área da serra, sobretudo na
parte de cima de Albarquel.
Antes de ocorrer a pandemia COVID 19 tive oportunidade de
visitar pormenorizadamente este local na companhia do meu amigo e velho
escuteiro Mário Salgado, tendo filmado o espaço e colocado o resultado do
trabalho no YouTube.
O forte com grandes potencialidades para ser utilizado
como equipamento de apoio a Bombeiros, Escuteiros, projeto lúdico/Turistico, etc.
encontra-se nitidamente ao abandono, daí que vai sendo ocupado de forma mais ou menos “esquisita”
e que nada abona ou contribui para a sua preservação e dignidade.
Se aproveitássemos melhor estas coisas que Setúbal ainda tem
e que se encontram nos braços de Morfeu, provavelmente poderíamos potenciar o
turismo um pouco mais para além do Sol e água salgada que vamos tentando vender
a quem nos quer visitar.
Rui Canas Gaspar
Troineiro.blogspot.com
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