A Fonte do Centenário
Era
dia de festa aquele 25 de julho de 1960, dia em que se dava início a mais uma
edição da antiga Feira de Santiago e se inaugurava também a Fonte do
Centenário, que haveria de passar a ficar popularmente conhecida como “Fonte
Luminosa”.
O
Major Magalhães Mexia presidia a Câmara Municipal e nesse dia tinha na sua
terra um ilustre visitante. Nem mais nem menos que o Almirante Américo Thomáz, Presidente
da República.
A
fonte foi erigida como o mais importante marco comemorativo do primeiro
centenário da elevação de Setúbal a cidade.
O
monumento composto por dois lagos concêntricos encontrava-se com o seu exterior
decorado com os 13 brasões dos concelhos do Distrito de Setúbal, habilmente esculpidos
em mármore.
Como
parece que o mal já vem de longe, a autarquia não dispunha de verbas para
suportar as despesas do monumento e os sadinos decidiram serem eles próprios a
suportar os encargos com a construção. Durante um ano fizeram as suas doações
até que se conseguisse a verba suficiente, graças à iniciativa do jornal O
SETUBALENSE que apadrinhou a ideia.
A
fonte foi então inaugurada e os seus repuxos de água davam um belo aspeto a que
ninguém ficava indiferente. Posteriormente ali seria colocado um grupo
escultórico composto por três estátuas que representam a Terra, o Mar e a
Poesia, uma obra da autoria do escultor portuense Arlindo Rocha.
As
estátuas foram colocadas no dia 12 de
junho de 1971, dando-se assim por concluída a Fonte do Centenário, erigida no
centro de uma movimentada rotunda, frente ao Mercado Municipal de Setúbal e bem
junto à entrada do local onde outrora se fazia a Feira de Santiago.
Presentemente,
com os novos arranjos levados a cabo na Avenida Luísa Todi, a rotunda
desapareceu para dar lugar a uma placa, embora a bonita e emblemática fonte ali
se mantenha jorrando a água em belos repuxos que dão mais vida a esta linda artéria da nossa cidade.
Rui Canas Gaspar
2014-junho-23
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