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terça-feira, 17 de junho de 2014

Vem aí a Feira de Santiago

Quando a Feira de Santiago foi instituída a sua duração era de apenas três dias. Em 2013, no ano passado, tínhamos 15 dias de feira. Não me parece que venha mal ao mundo se passarmos agora a ter 10 dias de certame, seja por uma questão económica, logística ou outra julgada pertinente.

Dez dias de feira nas Manteigadas a mim parece-me bem, desde que se privilegie a qualidade em detrimento da quantidade. Tanto mais que é sabido que temos bastantes eventos lúdicos, na zona baixa da cidade, em menor escala, com lugar entre junho e setembro.

Para que fiquemos com um pequeno registo histórico sobre a emblemática feira, partilho aqui com os amigos um pouco do que escrevi sobre este assunto no livro (ainda não editado) “Gente do Rio, Homens do Mar”.

“ Em 1581 todos os caminhos do reino foram dar à vila de Tomar. Ali os representantes da nobreza, do clero e do povo reuniram-se nas cortes presididas pelo rei Filipe II de Espanha, primeiro de Portugal, tendo a reunião por objetivo acalmar as forças portuguesas derrotadas que foram as hostes de D. António, prior do Crato.

E foi então no decurso dessa importante reunião que os representantes de Setúbal aproveitaram a oportunidade para solicitar ao rei a autorização para criar uma feira na sua vila.

O monarca deferiu a petição e a feira teria início no dia de Sant’Iago, 25 de julho, com a duração de três dias, sendo então realizada no perímetro do Largo de Jesus.

Posteriormente e durante alguns séculos a feira teria habitualmente lugar frente ao Convento de Jesus e dali um dia sairia para passar a ser instalada na Praça da República, no Parque do Bonfim, no lado nascente da Rua da Praia (Av. Luísa Todi), na parte poente da mesma Avenida e finalmente em 2004, em espaço próprio, a nascente da cidade, numa zona periférica conhecida por Manteigadas.”

Rui Canas Gaspar
2014-junho-17


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