Em Setúbal já não
se fazem partos aquáticos, mas há quem os queira
Em 10 de fevereiro
de 2014 o jornal Diário de Notícias publicava o seguinte:
“O primeiro nascimento dentro de água aconteceu há quatro
anos e, desde aí, o hospital faz, em média, dois a três por mês.
Mães
referem que o parto é mais tranquilo.
"É uma experiência muito positiva e quase
transformadora." Inês Anjo, 29 anos, é mãe da Carolina, uma das 72
crianças que nasceram dentro de água no Hospital São Bernardo, a única
instituição pública da Península Ibérica que oferece às grávidas essa possibilidade.
O hospital de Setúbal conta no total com 135 imersões em
água durante o trabalho de parto. Segundo os responsáveis pela instituição, o
número de grávidas a procurar o serviço tem vindo a aumentar.”
Pouco
tempo depois de ter sido publicada esta notícia o Hospital de São Bernardo deixaria
de manter operacional esta técnica tão procurada por muitas parturientes, e que
segundo entendidos terá as seguintes vantagens:
- Ambiente tranquilo e relaxante (opção
da mulher)
- Menor necessidade de analgesia
farmacológica
- Trabalho de parto mais rápido
- Mobilização mais fácil da mãe, que
pode adotar mais facilmente posições mais confortáveis para o parto
- Melhora o fluxo uterino, e parece
reduzir a necessidade de intervenção (partos com fórceps ou ventosas,
cesariana...)
Várias
mulheres apologistas deste método e insatisfeitas com a desativação do mesmo no único hospital da Península Ibérica onde se podia nascer na água decidiram
organizar-se num grupo denominando por “Mães de Água”.
E é
precisamente este grupo que tem agendado para o próximo dia 11 de julho deste
ano de 2015, pelas 21,00 horas, uma iniciativa destinada a sinalizar o primeiro
ano em que esta metodologia deixou de estar ativa, depois do sucesso que a
mesma estava a ter no único hospital público que disponibilizava este tipo de
parto.
A
iniciativa de caráter pacífico e solidário será designada por “um abraço ao HSB
pelo Parto na Água” terá como objetivo principal a sensibilização da equipa
multidisciplinar do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de São
Bernardo.
Assim
sendo, os organizadores convidam a comunidade a participar e simbolicamente
acender uma pequena vela flutuante num qualquer recipiente de água, chamando desta
forma a atenção para a necessidade de manutenção de um serviço único do seu
género e já com provas dadas.
Rui Canas Gaspar
2015-junho-29
www.troineiro.blogspot.com
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