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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Em Setúbal já não se fazem partos aquáticos, mas há quem os queira
Em 10 de fevereiro de 2014 o jornal Diário de Notícias publicava o seguinte:
O primeiro nascimento dentro de água aconteceu há quatro anos e, desde aí, o hospital faz, em média, dois a três por mês.
Mães referem que o parto é mais tranquilo.
"É uma experiência muito positiva e quase transformadora." Inês Anjo, 29 anos, é mãe da Carolina, uma das 72 crianças que nasceram dentro de água no Hospital São Bernardo, a única instituição pública da Península Ibérica que oferece às grávidas essa possibilidade.
O hospital de Setúbal conta no total com 135 imersões em água durante o trabalho de parto. Segundo os responsáveis pela instituição, o número de grávidas a procurar o serviço tem vindo a aumentar.”
Pouco tempo depois de ter sido publicada esta notícia o Hospital de São Bernardo deixaria de manter operacional esta técnica tão procurada por muitas parturientes, e que segundo entendidos terá as seguintes vantagens:
- Ambiente tranquilo e relaxante (opção da mulher)
- Menor necessidade de analgesia farmacológica 
- Trabalho de parto mais rápido
- Mobilização mais fácil da mãe, que pode adotar mais facilmente posições mais confortáveis para o parto
- Melhora o fluxo uterino, e parece reduzir a necessidade de intervenção (partos com fórceps ou ventosas, cesariana...)
Várias mulheres apologistas deste método e insatisfeitas com a desativação do mesmo no único hospital da Península Ibérica onde se podia nascer na água decidiram organizar-se num grupo denominando por “Mães de Água”.
E é precisamente este grupo que tem agendado para o próximo dia 11 de julho deste ano de 2015, pelas 21,00 horas, uma iniciativa destinada a sinalizar o primeiro ano em que esta metodologia deixou de estar ativa, depois do sucesso que a mesma estava a ter no único hospital público que disponibilizava este tipo de parto.
A iniciativa de caráter pacífico e solidário será designada por “um abraço ao HSB pelo Parto na Água” terá como objetivo principal a sensibilização da equipa multidisciplinar do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de São Bernardo.
Assim sendo, os organizadores convidam a comunidade a participar e simbolicamente acender uma pequena vela flutuante num qualquer recipiente de água, chamando desta forma a atenção para a necessidade de manutenção de um serviço único do seu género e já com provas dadas.
Rui Canas Gaspar
2015-junho-29

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