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sábado, 11 de junho de 2016

Em Setúbal o “doutor” da FINA diz que assim está bem

A manhã de sábado está bonita em Setúbal e no nosso belo rio azul vários barcos à vela dão vida e colorido à “baía dos golfinhos” enquanto muitas pessoas fotografam os recém-chegados membros do “golfinho parade” desta vez mais coloridos e guiados por um exemplar de maiores dimensões, o seu patriarca.

À entrada do Parque Urbano de Albarquel em quase meia centena de mastros encontram-se arvoradas outras tantas bandeiras representando os nadadores que nesta tarde irão disputar uma importante prova internacional que apurará alguns daqueles que se farão representar nos Jogos Olímpicos.

Fico naturalmente orgulhoso por Setúbal ser neste dia um dos palcos mundiais e satisfaço a curiosidade do meu neto ao identificar os diversos países aqui representados, ensinando-lhe os rudimentos do protocolo no referente ao pavilhão nacional.

Reparo então que os mastros são todos da mesma altura, as bandeiras arvoradas são todas das mesmas dimensões e de diferentes países e a bandeira de Portugal, país anfitrião, que deveria encontrar-se à direita, ou neste caso ao meio, desde que hasteada num mastro mais alto, encontra-se entre as demais.

Uma falha qualquer um tem, embora estejamos a falar de uma importante prova internacional, com substanciais meios envolvidos e técnicos de todas as especialidades e mais algumas.

Resolvo ir alertar para a situação e, depois de muito procurar pelo responsável, alguém me indica um senhor, a quem tratam por “doutor”, pessoa que envergava uma camisola da FINA (Fédération Internationale de Natation).

Dirijo-me ao “doutor” para lhe dar conta da anomalia, agora que os milhares de pessoas ainda não chegaram para assistir às provas que terão lugar à tarde e cuja resolução é por demais fácil, basta arrear uma e subir outra.

Mas o “doutor” de forma despachada e arrogante trata de me despedir a grande velocidade dizendo que aquele é o protocolo da FINA e como tal está tudo bem.

Ora não acreditando no “doutor” e porque não há qualquer protocolo da FINA que se possa sobrepor às Leis Portuguesas, dirijo-me à Polícia Marítima e falo com o agente mais graduado, que me diz que irá tratar da situação.

Fiz a minha parte, espero que os responsáveis da FINA façam o que lhes compete e a Polícia Marítima aja em conformidade e não tenha apenas sido mais simpática, deixando ficar tudo na mesma.

A partir de agora e até ao final das provas muitas pessoas poderão constatar se a bandeira das quinas está no lugar que lhe compete ou se continua entre as demais, segundo o “protocolo da FINA” aqui representada por um “simpático doutor”.

Rui Canas Gaspar
2016-junho-11

www.troineiro.blogspot.com

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