Em Setúbal o “doutor” da
FINA diz que assim está bem
A
manhã de sábado está bonita em Setúbal e no nosso belo rio azul vários barcos à
vela dão vida e colorido à “baía dos golfinhos” enquanto muitas pessoas
fotografam os recém-chegados membros do “golfinho parade” desta vez mais
coloridos e guiados por um exemplar de maiores dimensões, o seu patriarca.
À
entrada do Parque Urbano de Albarquel em quase meia centena de mastros encontram-se
arvoradas outras tantas bandeiras representando os nadadores que nesta tarde
irão disputar uma importante prova internacional que apurará alguns daqueles
que se farão representar nos Jogos Olímpicos.
Fico
naturalmente orgulhoso por Setúbal ser neste dia um dos palcos mundiais e
satisfaço a curiosidade do meu neto ao identificar os diversos países aqui
representados, ensinando-lhe os rudimentos do protocolo no referente ao
pavilhão nacional.
Reparo
então que os mastros são todos da mesma altura, as bandeiras arvoradas são
todas das mesmas dimensões e de diferentes países e a bandeira de Portugal,
país anfitrião, que deveria encontrar-se à direita, ou neste caso ao meio,
desde que hasteada num mastro mais alto, encontra-se entre as demais.
Uma
falha qualquer um tem, embora estejamos a falar de uma importante prova
internacional, com substanciais meios envolvidos e técnicos de todas as
especialidades e mais algumas.
Resolvo
ir alertar para a situação e, depois de muito procurar pelo responsável, alguém
me indica um senhor, a quem tratam por “doutor”, pessoa que envergava uma
camisola da FINA (Fédération Internationale de Natation).
Dirijo-me
ao “doutor” para lhe dar conta da anomalia, agora que os milhares de pessoas
ainda não chegaram para assistir às provas que terão lugar à tarde e cuja
resolução é por demais fácil, basta arrear uma e subir outra.
Mas
o “doutor” de forma despachada e arrogante trata de me despedir a grande
velocidade dizendo que aquele é o protocolo da FINA e como tal está tudo bem.
Ora
não acreditando no “doutor” e porque não há qualquer protocolo da FINA que se
possa sobrepor às Leis Portuguesas, dirijo-me à Polícia Marítima e falo com o
agente mais graduado, que me diz que irá tratar da situação.
Fiz
a minha parte, espero que os responsáveis da FINA façam o que lhes compete e a
Polícia Marítima aja em conformidade e não tenha apenas sido mais simpática,
deixando ficar tudo na mesma.
A
partir de agora e até ao final das provas muitas pessoas poderão constatar se a
bandeira das quinas está no lugar que lhe compete ou se continua entre as
demais, segundo o “protocolo da FINA” aqui representada por um “simpático doutor”.
Rui
Canas Gaspar
2016-junho-11
www.troineiro.blogspot.com
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