Serviço de Trânsito em
Setúbal não leva mais que 5 numa escala de 20 valores
Se
eu fosse chamado a classificar o trabalho que ultimamente tem sido feito em
Setúbal, ao nível das alterações viárias, entre a Avenida dos Ciprestes e a
Alexandre Herculano, numa escala de 0 a 20, não daria mais que cinco pontos.
Não
me pronunciaria naturalmente como técnico de trânsito, porque não o sou, mas
simplesmente como condutor e peão.
No
meu caso concreto já lá vão algumas dezenas de anos de carta de condução e
milhares de quilómetros feitos anualmente em estrada e cidade o que me permite
opinar com toda a propriedade.
Os
cinco pontos seriam atribuídos às novas rotundas pela fluidez de trânsito e
economia de energia, destacando a rotunda do Vitória que eliminou os acidentes
quase diários os quais se viriam a transferir para a fatídica curva a 90º da
avenida em construção na Várzea.
O
Serviço de Trânsito tem vindo a transformar amplas avenidas onde o trânsito fluía
em estreitas vias, com a agravante de se privilegiar enormes e
desproporcionados espaços para passeios de peões que praticamente não existem.
Mas,
o que mais me incomoda são os lugares de estacionamento construídos na Avenida
Alexandre Herculano, com comprimento onde quase cabe um autocarro e de onde
para sair um pequeno smart tem o trânsito que parar.
Aquilo
poderia e deveria ter sido corrigido, não fosse por teimosia ou falta de visão.
Qualquer cego vê que está mal, exceto os Serviços de Trânsito.
Mas
se qualquer um está sujeito a fazer asneira enquanto profissional, aí não
reside o maior mal, ele reside sim no facto de depois de ser alertado para o
erro persistir no mesmo.
Qual
é a explicação cabal que podem dar para a nova asneira em construção na Avenida
Independência das Colónias, ao marcarem lugares de estacionamento (sentido
sul/norte) em paralelo com o passeio?
Estreitam
a avenida e, quando alguém ali for parquear a viatura terá de fazer parar o
trânsito porque ninguém vai conseguir estacionar o carro entre duas outras
viaturas sem colocar a sua em paralelo com a viatura da frente e fazer depois a
marcha atrás. Qual é o condutor que não sabe isto?
Será
que os planificadores de trânsito andam a pé? Será que não têm carta de
condução? Quem é que assume a responsabilidade por mais esta asneira grosseira?
Ora
se há espaço para fazer o estacionamento em espinha e facilitar a vida aos
condutores porque é que se insiste em
gastar rios de dinheiro para fazer obras que vão complicar ao invés de
simplificar?
Não
me venham com desculpas que se trata de redução de velocidade, para isso todos sabemos que existem à venda no
mercado sensores, radares e outros equipamentos que até enviam as coimas para
casa e são muito menos dispendiosos que as obras que por aqui se vão fazendo.
Será
assim tão difícil compreender que se continuam a fazer asneiras no trânsito em
Setúbal e que depois de alertada a autarquia continua a persistir no erro?
Rui
Canas Gaspar
2016-junho-15
www.troineiro.blogspot.com
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