Os escuteiros fecham um
agrupamento por falta de dirigentes
Cada
vez se nota mais a dificuldade de haver pessoas que possam trabalhar em prol
dos outros sem auferir qualquer remuneração de ordem financeira apenas por
simples amor à causa como são os verdadeiros voluntários.
Em
Portugal ainda existem bastantes voluntários, mas insuficientes para tantas
necessidades, sejam eles nos Bombeiros, nos Hospitais ou até nos corpos
dirigentes dos Escuteiros.
Foram
milhares de jovens que passaram um dia pelo Agrupamento 62 do Corpo Nacional de
Escutas, sedeado em Setúbal, nas instalações anexas à Ordem Terceira de São
Francisco. Alguns desses jovens graças à formação ali recebida viriam a
destacar-se no panorama nacional nas mais diferentes áreas.
Aquela
unidade escutista completará no próximo ano de 2017 o seu 80º aniversário e,
que se saiba, apenas no início dos anos 60 do século passado esteve encerrada
por um período de cerca de três anos, até que eu e o Mário Ramos Salgado, então
jovens adolescentes a viemos reabrir.
Tínhamos
ingressado naquele grupo com pouco mais de 13 anos e, aquando do seu
encerramento por falta de dirigentes fomos acolhidos pelo Agrupamento 59
sedeado nas instalações anexas à Igreja de São Sebastião, até que cerca de três
anos depois, já mais experientes viemos reabrir a “Ordem Terceira”.
Há
pouco fomos surpreendidos pela notícia de que o Agrupamento 62 já não abria
este ano devido à falta de dirigentes deixando o concelho de Setúbal com menos
uma unidade escutista, embora o C.N.E. ainda disponha de uma dezena em Setúbal
e Azeitão e a Associação dos Escoteiros de Portugal (associação que não está na
alçada da Igreja Católica) tenha em formação o seu segundo grupo na cidade, terceiro
no concelho.
Esta
é uma notícia que me deixa particularmente triste e que não será nada agradável
para todos aqueles muitos milhares de jovens e menos jovens que um dia passaram
pelas fileiras do 62.
Setúbal
em particular e Portugal de uma forma geral necessita de pessoas que possam
dedicar algum do seu tempo livre à causa do voluntariado tal como necessita que
os outros que não queiram ou não possam fazer reconheçam a mais-valia que isso
significa, apoiando as instituições que prestam tão meritórios serviços.
Rui
Canas Gaspar
2016-outubro-02
www.troineiro.blogspot.com
Sem comentários:
Enviar um comentário