COISAS DE SETÚBAL
Não passaram ainda muitos anos desde que encerrou portas a Papelaria Rubi, com instalações na Rua Arronches Junqueiro, quase a chegar ao Largo da Misericórdia, local onde poderíamos encontrar o seu proprietário João Francisco Envia.
Este homem, nascido em 1919 e falecido em 2010, comerciante, escritor e dirigente associativo faz parte dos setubalenses de mérito a quem a história local não esquece tendo atribuído o seu nome a uma artéria da cidade.
Seu tio, Manuel José Envia, nasceu em 1871 e faleceu em 1963. Tinha 15 anos quando escreveu o seu primeiro artigo literário publicado no jornal Semana Setubalense e a partir daí nunca mais parou. Uma paixão que ao longo de várias décadas o levaria sobretudo a desenvolver atividades de publicista e escritor teatral.
Foi este distinto setubalense, também ele com honras de figurar na toponímia da cidade, que para além de muitos outros trabalhos publicados escreveu e editou em 1948 o livro Coisas de Setúbal, um trabalho com 360 páginas ilustradas com retratos de setubalenses ilustres, a que juntou as correspondentes biografias.
Em janeiro de 2017 quando estamos a comemorar o 3º aniversário do grupo faceboquiano “Coisas de Setúbal” é bom recordar este destacado setubalense que viveu num tempo em que a internet era palavra inexistente.
Se Manuel Envia fosse vivo teria aqui neste grupo um manancial de informação que lhe permitiria escrever um segundo volume do seu Coisas de Setúbal agora muito mais enriquecido graças à participação de muitos setubalenses de nascimento ou de coração que desempenham as mais díspares atividades ao serviço desta linda terra do rio azul.
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