Obras necessárias não
devem conduzir a alterações desnecessárias

Se
Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, outro mérito
não tem, este, por aquilo que tenho observado não lhe nego e exemplo do que
acabo de dizer é o facto de na quinta-feira, dia 10, ao final da tarde envergar
as calças do fato de treino e as sapatilhas, juntando-se às centenas de
setubalenses e com eles conviver, fazendo a caminhada entre a Praça do Bocage e o Forte de São
Filipe.
O
mesmo se tem passado em grandes e pequenas ações onde a vimos entre o povo e
não no “poleiro” onde muitos governantes, alguns bem incompetentes, por sinal,
teimam em não descer, esquecendo-se que só são “importantes” enquanto lhes
dermos essa importância.
É
claro que todos também sabemos que não se coloca ou retira um prego nesta
cidade sem que a presidente saiba e autorize, como tal, o que se faz de bem ou
de mal facilmente a ela é atribuída a responsabilidade ou o mérito.
Considero
que muito de bom esta senhora tem feito pela minha cidade, enquanto presidente
da Autarquia, é claro que algumas outras coisas dispensaria pela certa.
Aquela
que agora me aflige, tal como a muitos setubalenses, é de facto as alterações preconizadas
para as vias rodoviárias existentes entre a Avenida da Guiné Bissau e a Alexandre Herculano, que considero,
tal como muitos utentes e moradores
desta zona uma autentica aberração.
Não
sou do tipo de criticar por criticar, muito menos tenho a pretensão de ser
senhor da razão, mas enquanto utente frequente destas vias não posso de forma
nenhuma concordar com uma obra que a ser concretizada vai prejudicar em vez de
beneficiar, reduzindo as atuais vias de circulação automóvel de 4 para 2,
quando o trânsito automóvel está cada vez menos fluído.
Tudo
o mais anunciado para ser concretizado naquelas artérias pode muito bem ser feito sem
ser à custa da redução das faixas rodoviárias porque ali existe espaço
suficiente para o fazer.
E
porque a senhora presidente é uma mulher que gosta, e bem, de governar entre o
povo, sugiro que veja com seus próprios olhos o que se está a fazer nestas
artérias da cidade, que podem até ficar mais bonitas, mas que não deixam de
ficar muito menos funcionais e potenciadoras de caos automobilístico, com o
consequente buzinão diário e um ainda maior numero de acidentes que aqueles que
acontecem semanalmente na rotunda do Vitória.
Enquanto
é tempo é que temos de arrepiar caminho, porque depois, para corrigir o
disparate as despesas serão maiores e provavelmente a carteira dos contribuintes
estará bem mais leve, quando é sabido que obras necessárias não devem conduzir
a alterações desnecessárias.
Rui
Canas Gaspar
2014-julho-12
www.troineiro.blogspot.com
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