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terça-feira, 12 de maio de 2015

É tempo de dar bom uso ao “Quiosque do Conhecimento”

Penso que nunca será demais elogiar o Parque Urbano de Albarquel pela mais-valia que ele representa para a população setubalense e seus visitantes de todas as classes sociais e de todos os escalões etários.

Porém, e como não há bela sem senão, hoje quero referir aqui, mais uma vez, uma situação que me preocupa e que já tenho partilhado com diversos amigos, os quais estão de acordo comigo na sua generalidade.

Trata-se da ausência de uma pequena biblioteca onde os utentes do PUA   possam requisitar um livro, jornal ou revista de modo a poderem melhor usufruir de uns agradáveis momentos de leitura naquele parque, a exemplo do que já se faz em muitos outros espaços públicos do nosso país.

Para a implementação desta mais-valia não é necessário gastar dinheiro, basta dar uso ao semiabandonado “Quiosque do Conhecimento” que lá se encontra praticamente inoperacional.

Para a concretização do projeto, colocar-se-ia no seu interior umas prateleiras ou armários metálicos que certamente existirão nos armazéns camarários, far-se-ia deslocar para ali alguns dos muitos livros que se encontram excedentários na Biblioteca Municipal, colocar-se-ia no exterior as cadeiras e mesas de esplanada que estão dentro do quiosque e pouco mais que isso.

Para fazer a entrega e recolha dos livros, poderia ser uma simpática tarefa a atribuir a um dos patrulheiros, que certamente a desempenharia de muito bom grado.

Custa-me ver dispendiosas estruturas abandonadas ou com utilização precária quando existe falta de meios e o dinheiro é escasso.

Já na Primavera passada avancei com esta sugestão e o que de mais aproximado se fez foi no final do Verão uma pseudo-campanha de leitura na via pública, desbaratando-se dinheiro e consumindo recursos humanos. 

Colocaram-se uns ganchos metálicos nos bancos da Avenida Luísa Todi, sendo suposto ali deixar um livro ou revista para ser trocado. Não foi preciso ser adivinho para vaticinar o fracasso da iniciativa, devido à época, ao local e ao meio utilizado. A iniciativa pouco mais durou que uma semana!

Temos de ser realistas, objetivos e práticos e sobretudo dar bom uso ao que temos, gastando pouco dinheiro e sem entrar por projetos utópicos.

É pois altura de dar bom uso ao “Quiosque do Conhecimento” antes que ele fique de uma vez por todas definitivamente degradado, colocando-o de facto ao serviço do conhecimento que os livros proporcionam.

Rui Canas Gaspar
2015-maio-12
www.troineiro.blogspot.com

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