Quem nasce torto, tarde ou
nunca se endireita!
As
obras na via pública, que têm vindo a ser levadas a efeito em Setúbal, nestes
últimos tempos, tem sido uma completa desgraça ao nível da sua coordenação,
originando elevados transtornos a quem tem de enfrentar o trânsito citadino.
Neste
momento mais uma dor de cabeça foi colocada aos automobilistas. Desta vez o
problema tem o cerne entre a Avenida da Europa e a dos Ciprestes e, por se
tratar de um ponto fulcral reflete-se também nas vias que para ali confluem.
Filas
intermináveis, ambulâncias que têm dificuldade em circular, perdas de tempo e
gastos de combustível desnecessário não aconteceriam se houvesse um pouco de
bom senso, alguma fiscalização e porque não, também um pouco de
profissionalismo.
As
obras são importantes, são necessárias e naturalmente causam transtornos, todos
nós sabemos disso! Mas não é isso que se contesta.
O
que de facto não entra na cabeça de ninguém é que se façam obras desta
envergadura sem colocar uns painéis informativos, sem se colocar agentes de
trânsito da P.S.P. a regular o tráfego e mais elementar ainda é não se desligar
os semáforos que em vez de controlar ainda complicam mais esta inexplicável situação.
Porque
os semáforos estão ligados como se tudo estivesse a decorrer de forma normal,
acontece que numas vias estão filas com centenas de metros e quando abre o
sinal verde entra-se noutras completamente desimpedidas.
Até
agora ainda ninguém conseguiu compreender porque e como se deixa a empresa que
está a levar a cabo esta empreitada proceder desta arrogante maneira, ignorando
os utentes da via pública, num total desrespeito e falta de profissionalismo,
que só não vê quem não quer ver.
Aqui
na nossa terra costuma-se dizer que “tanto ladrão é quem vai à laranja como
aquele que fica a ver se aparece o guarda” se calhar o ditado cai que nem uma
luva para ilustrar os que fazem a asneira e os que os que a deixam fazer, ou
seja o empreiteiro e o dono da obra.
Gostaria,
tal como muitos dos meus conterrâneos, saber até quando continuaremos a ver em
Setúbal obras desta envergadura, sem qualquer tipo de coordenação.
Provavelmente
só quando as mesmas chegarem ao fim!...
Rui
Canas Gaspar
2015-maio-07
www.troineiro.blogspot.com
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