O edifício do Clube
Setubalense vai ser vendido?
É
desta forma que o livro “SETÚBAL – Gente do Rio Homens do Mar” começa a
narrativa quando se refere ao decano dos clubes sadinos:
Em 1 de junho nasceria
na vila o jornal O Setubalense e poucos meses depois, numa sala dos Paços do
Duque, no outonal dia 12 de novembro fundava-se o Club Setubalense “ao qual
trataram logo de concorrer a associar-se grande número de cavalheiros”,
conforme o novo periódico tinha oportunidade de noticiar.
Dois dias depois, em
14 de novembro, seriam aprovados os Estatutos do Club, documento que fora
enviado em devido tempo para aprovação do Governo do Reino.
O clube instalou-se
então numas dependências do palácio dos Paços do Duque, edifício localizado na
Rua da Praia, atual Avenida Luísa Todi, onde posteriormente funcionou o Governo
Civil de Setúbal.
Os Estatutos foram
aprovados pelo rei quando Setúbal ainda era uma vila portuguesa e numa época em
que aqui começavam a soprar os ventos da Regeneração, ou seja, os alvores do
Capitalismo, com o surgimento de uma classe de novos industriais, comerciantes
e proprietários, considerados como os pequenos, médios e altos membros da
classe burguesa local.
D. Pedro V deferiu em
9 de julho de 1856, por Carta Régia, a petição do documento que definia as
regras orientadoras do novo clube, quatro anos antes de Setúbal ser elevada à
categoria de cidade e quando ainda o jovem monarca contava 18 anos de idade.
Ao longo de décadas o
Club Setubalense foi considerado como um clube de elite, onde apenas um
restrito e selecionado punhado de setubalenses pertencentes às classes sociais
mais elevadas tinham acesso.
E
é nesse mesmo edifício que fomos encontrar afixada a faixa informativa que dá
conta de que a Escola de Dança do Clube Setubalense está a levar a cabo uma
campanha de angariação de verbas para a aquisição do histórico edifício.
Rui
Canas Gaspar
2015-agosto-07
www.troineiro.blogspot.com
Sem comentários:
Enviar um comentário