“Novo tiro” na Casa das 4
Cabeças, em Setúbal
“Muitas cabeças, muitas sentenças” ou então “mudam-se
os tempos, mudam-se as vontades”. Assim podia continuar a história da Casa das
4 Cabeças adquirida por expropriação pela Câmara Municipal de Setúbal,
declarada em 1977 como imóvel de interesse municipal e que agora vai conhecer
novo capítulo.
Depois
de terem começado as obras de recuperação do velho imóvel localizado na Rua
Fran Paxeco, antiga Rua Direita de Troino e das mesmas já terem atingido um bom
estado de desenvolvimento acabariam por parar porquanto, financiada com fundos
comunitários teria ultrapassado os 360 mil euros e, como tal, teria de ter o
visto do Tribunal de Contas.
Depois
de meses de trabalhos, outros tantos esteve para ali hibernada até que os
andaimes foram retirados e aparentemente foi dada por concluída, estando então os
cinco apartamentos, T0 e T1, aptos a receber proprietários e inquilinos que
decidam recuperar as suas casas e não tenham onde ficar no decurso dos
trabalhos, segundo até então anunciado pelo Município.
Ora
acontece que os tais inquilinos e proprietários, se estavam à espera desta obra
estar concluída para irem fazer as suas próprias terão de pensar noutra solução
é que a dita casa das 4 cabeças, vai ser ocupada por outras pensadoras
cabecinhas.
A
presidente Dores Meira informou os seus munícipes presentes no Salão Nobre dos
Paços do Concelho, na fria noite de 17 de janeiro deste ano de 2018 que a obra
está concluída, mas o seu destino encontra-se agora em discussão com o IPS de forma
poder vir a ser ocupada por alunos do Programa ERASMUS.
Assim
sendo, temos um novo “tiro” e diferente capítulo é aberto nesta já longa estória
de uma casa onde os ventos da História dizem que dali, em 1484, partiram os
tiros destinados a matar o Rei D. João II, quando o mesmo integrava a procissão
de Corpo de Deus.
Rui
Canas Gaspar
2018-janeiro-18
troineiro.blogspot.com
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