Temos uma fronteira em
Setúbal?
Embora
quem vem das bandas do Lidl para o Complexo Desportivo Municipal da Várzea
possa encontrar um sinal de trânsito que informa que o largo caminho de terra
batida não tem saída, o facto é que todos sabemos que isso não é verdade e que
o mesmo faz a ligação com a Estrada dos Ciprestes, junto à Azinhaga de São Joaquim.
Porém,
para os automobilistas que possam vir de nascente para poente, ou vice-versa, a
via só vai mesmo até ao campo de futebol dos Pelezinhos, porquanto aí é barrada
com uma cancela à laia de uma qualquer fronteira.
Sabendo
nós que em 1990 os ambientalistas do Núcleo de Setúbal da QUERCUS ali fizeram
uma ação barrando o caminho para que não houvesse atravessamento pela Várzea e
que agora no local está uma estrada que só falta ser asfaltada. Sabendo-se
também que o projeto do Parque Urbano da Várzea contempla uma avenida de
atravessamento com praticamente o mesmo traçado, não dá para compreender o
porquê da tal luzidia cancela.
Hoje
ao fazer por ali uma volta de reconhecimento antes de dar por concluído o livro
“A ULTIMA FRONTEIRA” que tenho estado a escrever e que aborda precisamente toda
aquela rica zona da nossa cidade, não deixei de sorrir ao fotografar esta nova
cancela fechada com um brilhante cadeado de latão e pensei que a imagem se
encaixa na perfeição ao título deste meu novo livro.
Porém,
continuo a não saber o porquê da existência desta barreira, quando está
anunciada a nova avenida de atravessamento e os carros por ali continuam a
circular, sem no entanto poderem transpor esta última fronteira.
Rui
Canas Gaspar
troineiro.blogspot.com
2018.01.2018
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