Tragédia na Várzea de
Setúbal
Pouco
depois de se ter deitado o lavrador, proprietário da Quinta do Paraíso acordou sobressaltado com uma discussão
que a sua cozinheira estava a ter com alguns cavaleiros que tinham chegado à
porta de sua casa.
Apercebendo-se
do que se estava a passar e temendo pela vida, antes que entrassem na casa, o
lavrador saltou por uma das janelas e correu pelo campo, em trajes menores, tentando
fugir-lhes.
A
lua traiu-lhe e foi avistado por um dos elementos do grupo que deu o alerta e,
galopando, os cavaleiros acabaram por o apanhar.
Naquele
ano de 1833, quando o país combatia numa sangrenta guerra civil, Setúbal
já estava adormecida quando o grupo de cavaleiros apoiante do partido
Miguelista entrou aqui transportando uma alcofa com o cadáver esquartejado do
lavrador, um conhecido membro Liberalista.
O
ódio político e o fanatismo conseguem fazer destas coisas, como aqui se relata
de forma sucinta e que poderá ler com mais pormenor dentro em breve, quando em
Abril for apresentado “A ÚLTIMA FRONTEIRA” um livro com factos, histórias, curiosidades e assuntos
do mais variado interesse abarcando a rica e outrora produtiva zona da Várzea
de Setúbal.
Rui
Canas Gaspar
livrosdorui.blogspot.com
2018-janeiro-25
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