E que tal mudar a linda e escondida fonte para outro local?
A indústria do turismo é uma poderosa
ferramenta de progresso ao dispor das nações porquanto faz desenvolver um vasto
conjunto de atividades produtivas que vão da agricultura aos transportes
passando pelos serviços, sendo naturalmente fonte de empregos e
consequentemente geradora de riqueza e bem-estar dos povos.
Mas para que uma terra seja atrativa para
os turistas ela deverá ter algo apelativo e diferente e não aquilo que o forasteiro
poderá observar no próprio local onde reside, sejam as paisagens seja a
gastronomia ou os seus monumentos.
Setúbal é uma agradável cidade, com uma
gastronomia muito apetecível, cercada por uma invejável moldura natural, porém com
poucos monumentos ou obras de arte que possa atrair o turismo cultural.
Mas, se já temos pouco ainda por cima somos
mal aproveitados. Exemplo do que afirmo é o Forte São Luis Gonzaga, um dos
melhores miradouros da cidade, abandonado no meio do mato. O mirante da Quinta
da Azeda à espera que caia e, a linda fonte seiscentista escondida atrás do
auditório José Afonso.
Se queremos visitantes na nossa cidade mais
do que a limpar e embonecar a urbe temos de valorizar o nosso património e, por
isso, teremos de não perder o que temos.
Porque não gosto de extremismos e como tal
não advogar a hipótese de derrubar o auditório José Afonso, atrevo-me a sugerir
a mudança da bonita fonte para a Avenida 22 de Dezembro, frente ao convento de
onde a mesma saiu. Quanto ao mirante da Quinta da Azeda que o mesmo fosse
recuperado e como tal destapado das lonas publicitárias que o envolvem. Já o Forte
S. Luís Gonzaga que se começasse de vez a recuperar esta peça do nosso património
militar e histórico, iniciando-se com a desmatação e limpeza do espaço
envolvente.
Rui Canas Gaspar
Troineiro.blogspot.com
2021-março-14
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