Moradia da família
Castro "Cabrela"
Outrora
uma referência na cidade, pela sua linda, invulgar e harmoniosa arquitetura, está a ficar irreconhecível, a moradia
pertencente à abastada família Castro que por ter propriedades no Alentejo, em Cabrela, também era conhecida pelo nome dessa localidade.
Localizada
num amplo lote de terreno, em plena Avenida dos Combatentes da Grande Guerra,
na zona central da cidade de Setúbal, passou do estado de degradação em que se
encontrava à de praticamente ruína.
A casa começou por ser ocupada pós 25 de abril de 1974 pelo M.R.P.P. um partido político pró China e desde então começou um longo processo de destruição.
Com a saída deste partido das instalações a mesma acabaria por ser ocupada por pessoas sem-abrigo e foi durante a sua estadia no local que se deu o incêndio no primeiro andar que viria a destruir ainda mais o outrora belo edifício.
Quando finalmente os legítimos proprietários retomaram a posse do imóvel e submeteram um projeto de recuperação e valorização do espaço à Câmara Municipal, viram a sua pretensão recusada pelos Serviços Técnicos no que se referia à volumetria pretendida, pelo que em função dessa decisão, deixaria de ser rentável a recuperação do imóvel.
Mais tarde, haveria de ser aprovado um projeto de recuperação para aquele emblemático local, porém as obras nunca chegariam a avançar, a despeito do aviso camarário afixado no local, junto à porta da entrada principal do edifício.
Alguns dos lindos painéis de azulejos que decoravam os seus alçados exteriores estão a desaparecer gradualmente. Sobrevivem à degradação as bonitas cantarias e miraculosamente (por enquanto…) os seus elaborados portões e gradeamentos em ferro.
Com a saída deste partido das instalações a mesma acabaria por ser ocupada por pessoas sem-abrigo e foi durante a sua estadia no local que se deu o incêndio no primeiro andar que viria a destruir ainda mais o outrora belo edifício.
Quando finalmente os legítimos proprietários retomaram a posse do imóvel e submeteram um projeto de recuperação e valorização do espaço à Câmara Municipal, viram a sua pretensão recusada pelos Serviços Técnicos no que se referia à volumetria pretendida, pelo que em função dessa decisão, deixaria de ser rentável a recuperação do imóvel.
Mais tarde, haveria de ser aprovado um projeto de recuperação para aquele emblemático local, porém as obras nunca chegariam a avançar, a despeito do aviso camarário afixado no local, junto à porta da entrada principal do edifício.
Alguns dos lindos painéis de azulejos que decoravam os seus alçados exteriores estão a desaparecer gradualmente. Sobrevivem à degradação as bonitas cantarias e miraculosamente (por enquanto…) os seus elaborados portões e gradeamentos em ferro.
Uma
das dependências anexas que deveria ter servido em tempos como garagem
encontra-se agora a ser utilizada como armazém de velharias. Essa é,
provavelmente a justificação para que o edifício não se apresente em
piores condições, devido a estar parcialmente a ser utilizado, desincentivando, por
esse motivo, os amigos do alheio a pilharem o que resta da vetusta moradia.
Rui Canas Gaspar
2014-janeiro-12
Sem comentários:
Enviar um comentário