Grafites, tags e rabiscos
até quando nas paredes setubalenses?
Hoje,
sexta-feira, dia 23 de outubro de 2015, véspera de mais um dia que se prevê uma
maior afluência na baixa de Setúbal, devido à feira outlet que terá lugar este
fim de semana, pude constatar que uma equipa de operários da Câmara Municipal
de Setúbal se encontrava a desenvolver um trabalho pouco conhecido do grande
público.
É
verdade! Tratava-se de uma equipa de limpeza de inestéticos grafites, tags e outros esquisitos rabiscos que gente
bem abonada de dinheiro para gastar em tintas de forma indiscriminada e sem
mais em que se ocupar, vai fazendo em todo o tipo de superfície, seja ela de
reboco, cantaria, madeira ou metal.
Uma
camioneta equipada com um depósito contendo o líquido diluente e aparelho de
alta pressão apoiava os dois operários que pacientemente iam limpando pedaço a
pedaço de cada uma das paredes.
Perdi
uns poucos minutos a apreciar e não deixei de pensar nos custos que aquela
delicada e necessária operação comporta para a Autarquia, ou seja, para todos
nós comuns cidadãos pagadores de impostos.
Basta
pensar no seguinte: Alguém que teve de inventariar onde estavam os grafites,
outro alguém que programou a atividade de limpeza, os serviços administrativos
que encomendaram materiais e processaram os meios, o custo da mão-de-obra
envolvida diretamente, a amortização do equipamento utilizado, o material
diluente, toda uma panóplia de recursos materiais e humanos que continhas bem
feitas dará um dinheirão por cada metro quadrado de limpeza.
E
não deixei de pensar…
E
os porcalhões e vândalos que diariamente fazem este trabalho o que é que pagam?
O que é que contribuem para a sociedade onde estão inseridos?
Será
que a Lei prevê sanções para este tipo de indivíduos que lesam os demais cidadãos
de forma direta e indireta?
Até
quando os nossos governantes vão ficar insensíveis a esta situação e aos custos
que a mesma acarreta?
Não
haverá forma de apanhar este tipo de gente e porque gostam tanto de pintar coloca-los
a repor o que danificaram, pagando às suas custas o material utilizado e aquilo
que danificaram?
Louvo
a ação da Autarquia por ter criado esta brigada de limpeza especial, mas não
deixo de ficar apreensivo com a proliferação deste tipo de gente com
comportamentos antissociais que atuam impunemente por aí.
Rui
Canas Gaspar
2015-outubro-23
www.troineiro.blogspot.com
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