Aconteceu em 1755 e destruiu boa parte de Setúbal
No
dia 1 de novembro de 2015 faz precisamente 260 anos que ocorreu o grande
terramoto que, desde Portugal a Marrocos, no Norte de África, muita coisa
destruiu.
Setúbal
foi uma das mais fustigadas localidades do reino, porquanto os seus 13 000
habitantes, dos quais muitos viriam a falecer, viram-se confrontados não só com
o terramoto, mas também com o maremoto que lhe sobreveio.
Naquele
dia 1 de novembro de 1755, dia de Todos-os-Santos, quando muitos católicos se
encontravam a assistir às missas matinais, a terra tremeu e muito povo logo ali
ficou soterrado.
As
salinas de Troino ficaram completamente inoperacionais.
Os
incêndios que sobrevieram ao cataclismo encarregaram-se de contribuir para uma
maior destruição do património edificado.
Pinho
Leal, no livro “Portugal Antigo e Moderno”, descreve os acontecimentos do dia 1
de novembro: “… entre as 9 e 10 horas da manhã, estando o céu claro e
sereno e a atmosfera mais quente do que costumava ser naquela estação do ano,
principiou a terra a tremer violentamente. Setúbal sofreu mais do que as outras
povoações porque saíram da terra grandes jatos d’água, que se levantaram a
grande altura, ao mesmo tempo em que o mar, que abandonara a praia, refluiu
logo com grande fúria, assolando o porto, destruindo embarcações e matando
muita gente.”
O
Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, foi o único governante
que se apresentou para apoiar o rei D. José, tendo então assumido de imediato a
coordenação das operações de socorro.
E
porque o cenário era de caos generalizado o governante tratou de proferir a
sábia sentença com vista a iniciar as operações de socorro e reconstrução: “Enterrar
os mortos, cuidar dos vivos e encerrar os portos”.
Rui
Canas Gaspar
2015-outubro-31
www.troineiro.blogspot.com
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