A indústria da guerra
passa o testemunho para a indústria da paz
Em
11 de novembro de 1918 a bordo de um vagão-restaurante parado na floresta de
Compiègne, França, militares das forças
aliadas assinavam com os seus camaradas alemães um tratado que tinha como
objetivo encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra
Mundial, depois da Europa estar destroçada e milhões de pessoas terem perecido.
Milhares
de jovens portugueses morreram além-fronteiras naquele grande conflito mundial
e em sua memória foram erigidos monumentos um pouco por todo o país.
Em
Setúbal também existe um obelisco em memória dos seus combatentes e foi ali na
base daquele monumento que hoje, 11 de novembro de 2015, foram depositados
vários ramos de flores numa homenagem aos militares falecidos em combate.
Um
pelotão militar vindo de Vendas Novas, fez a guarda de honra. Não eram
militares de uma qualquer Unidade sedeada aqui no concelho de Setúbal, porque
por estas bandas há muito que não temos qualquer tropa ativa, pelo que podemos
considerar Setúbal como um Concelho desmilitarizado.
Longe
vão os tempos de vermos pela cidade militares aquartelados no Quartel de S. Francisco, de Brancanes, do 11, ou
nos fortes de Albarquel e de Outão, porque quanto ao de São Filipe já é de
época mais remota.
Alguns
dos espaços ocupados por essas Unidades militares encontram-se semiabandonados,
exceção para o Quartel do 11 recuperado e transformado pela Câmara Municipal de
Setúbal na Escola de Hotelaria.
O
Convento (quartel) de Brancanes foi adquirido por particulares, enquanto o de
S. Francisco encontra-se num miserável estado de abandono. Quanto ao forte do
Outão, está para venda, embora completamente devassado e o de Albarquel já foi
cedido à Autarquia sadina que se prepara para intervir com o imprescindível
apoio de generosos mecenas. O Forte de S. Filipe encontra-se encerrado e vai
ser alvo de profunda intervenção igualmente liderada pela C.M.S. na encosta
onde se apoiam algumas das suas muralhas.
Tem
sido pois graças à ação da Autarquia que temos vindo a recuperar alguma coisa
deste importante património edificado que serviu para apoiar a guerra e agora
se transforma para apoiar a indústria da paz, o turismo.
Setúbal,
também no que concerne à recuperação do património militar está de parabéns,
embora todos naturalmente gostássemos de ver mais e melhor.
Rui
Canas Gaspar
2015-novembro-11
www.troineiro.blogspot.com
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