Conhece a Ourivesaria
Pedroso ?
Assim começa a sua história que não foi publicada no livro “Histórias,
Coisas e Gentes de Setúbal” mas que provavelmente fará parte do próximo volume que
lhe sucederá.
Se fosse uma história infantil, poderia começar com o tradicional: era
uma vez…
“Centenas de mães e esposas ainda choravam os seus filhos e maridos. As
feridas que apoquentavam muitíssimos homens ainda não tinham sido saradas,
desde aquele fatídico dia 1 de maio quando portugueses combateram entre si,
aqui em Setúbal, na que ficou conhecida por batalha do Alto Viso.
A peleja travada neste ponto elevado da Freguesia de Anunciada, no
decurso da Guerra Civil que ficou conhecida por Patuleia, ocorreu meia dúzia de
meses antes do dia 2 de novembro de 1847 data do nascimento da Ourivesaria
Pedroso, o estabelecimento comercial setubalense que há mais tempo se encontra aberto
ao público e um dos mais antigos do seu ramo a operar em Portugal.
Foi graças à iniciativa de José Maria Pedroso que a vila de Setúbal
passou a dispor de um estabelecimento de venda de máquinas de costura, relógios
de ouro e prata, bem como artigos de papelaria.
Rapidamente o estabelecimento sedeado na Rua dos Ourives, artéria que
mais tarde viria a ser batizada com o nome do benemérito médico açoriano de
nascimento e setubalense de coração, Dr. Paula Borba, ficou a ser popularmente
conhecido como a casa do “José Maria das máquinas” porquanto o setor de negócio
baseava-se sobretudo na comercialização das máquinas de costura.
20 anos antes, a vila tinha sido elevada à categoria de cidade, os
mastros das bandeiras ainda ostentavam o pavilhão com as cores azul e branca da
monarquia, quando por volta de 1880, Zacharias Pedroso, passou a tomar conta do
negócio, devido ao falecimento do seu tio José Maria.
O novo proprietário alterou a designação da firma para Zacharias Augusto
Pedroso, Lda. fazendo representar a firma nas múltiplas feiras que se faziam um
pouco por toda a região sadina.”
Rui Canas Gaspar
2015-novembro-30
www.troineiro.blogspot.com
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