Ainda pode ser feito um pouco mais pelos pescadores de Setúbal
Foi
inaugurado em Setúbal, em 31 de março de 1993, pelo Comandante Eduardo Azevedo
Soares, então Ministro do Mar, junto à Doca dos Pescadores um moderno edifício destinado
a guardar os apetrechos dos pescadores, muitos dos quais se encontravam
precariamente armazenados em rudimentares caixas de madeira, dispersas pelas
muralhas das docas do Comércio e dos Pescadores.
Tudo
ficou então devidamente organizado num espaço próprio dotado de mais de uma
centena de pequenos armazéns destinados aos apetrechos dos homens do mar.
Os
utilizadores do espaço pagam 15 euros mensais pelos espaços mais pequenos e um
pouco mais pelos maiores.
Porém,
as reclamações que mais se ouvem dos homens que fazem das lides do mar ou do
rio o seu ganha-pão, seja ele de forma profissional ou amadora é a falta de
segurança das instalações, onde qualquer pessoa entra e onde até os amigos do
alheio gostam de fazer as suas incursões.
A
par da insegurança, outra questão que preocupa os utentes é a precária ou quase
nula manutenção a que o edifício tem estado submetido, o que origina a sua
rápida degradação.
Diga-se
em abono da verdade que já neste ano de 2014 a APSS fez uma intervenção ao
nível da cobertura pondo fim à entrada de águas pluviais que ocorria em vários
pontos do imóvel.
Atendendo
a que a zona envolvente do edifício vai sofrer a breve prazo intervenção no
sentido de beneficiar o espaço, não seria má ideia que as instalações
sanitárias fossem também revistas e melhoradas e pelo menos as portas dos
cacifos fossem arranjadas, substituídas ou no mínimo pintadas convenientemente.
Aplaudimos
o esforço que está a ser feito pela APSS para dotar a doca com melhores
condições de trabalho e mais equipamento. Porém, chamamos a atenção para o
facto, de embora consideremos a vigilância eletrónica como excelente ajuda, se
não houver a presença mais assídua da Polícia Marítima, é convicção dos
pescadores que os largos milhares de euros que estão a ser despendidos nos
melhoramentos em curso, em pouco mais de 15 dias sumiram, como se tivessem sido
deitados ao rio, porquanto os amigos do alheio se encarregarão de furtar tudo o
que for vendável.
Rui
Canas Gaspar
2014-maio-28
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