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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Ainda pode ser feito um pouco mais pelos pescadores de Setúbal



Foi inaugurado em Setúbal, em 31 de março de 1993, pelo Comandante Eduardo Azevedo Soares, então Ministro do Mar, junto à Doca dos Pescadores um moderno edifício destinado a guardar os apetrechos dos pescadores, muitos dos quais se encontravam precariamente armazenados em rudimentares caixas de madeira, dispersas pelas muralhas das docas do Comércio e dos Pescadores.

Tudo ficou então devidamente organizado num espaço próprio dotado de mais de uma centena de pequenos armazéns destinados aos apetrechos dos homens do mar.

Os utilizadores do espaço pagam 15 euros mensais pelos espaços mais pequenos e um pouco mais pelos maiores.

Porém, as reclamações que mais se ouvem dos homens que fazem das lides do mar ou do rio o seu ganha-pão, seja ele de forma profissional ou amadora é a falta de segurança das instalações, onde qualquer pessoa entra e onde até os amigos do alheio gostam de fazer as suas incursões.

A par da insegurança, outra questão que preocupa os utentes é a precária ou quase nula manutenção a que o edifício tem estado submetido, o que origina a sua rápida degradação.

Diga-se em abono da verdade que já neste ano de 2014 a APSS fez uma intervenção ao nível da cobertura pondo fim à entrada de águas pluviais que ocorria em vários pontos do imóvel.

Atendendo a que a zona envolvente do edifício vai sofrer a breve prazo intervenção no sentido de beneficiar o espaço, não seria má ideia que as instalações sanitárias fossem também revistas e melhoradas e pelo menos as portas dos cacifos fossem arranjadas, substituídas ou no mínimo pintadas convenientemente.

Aplaudimos o esforço que está a ser feito pela APSS para dotar a doca com melhores condições de trabalho e mais equipamento. Porém, chamamos a atenção para o facto, de embora consideremos a vigilância eletrónica como excelente ajuda, se não houver a presença mais assídua da Polícia Marítima, é convicção dos pescadores que os largos milhares de euros que estão a ser despendidos nos melhoramentos em curso, em pouco mais de 15 dias sumiram, como se tivessem sido deitados ao rio, porquanto os amigos do alheio se encarregarão de furtar tudo o que for vendável.

Rui Canas Gaspar

2014-maio-28

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