ARRÁBIDA
DESCONHECIDA
Cai
a noite na Serra da Arrábida. As luzes iluminam a cidade lá ao fundo. No alto
da serra o vento frio sopra de noroeste e a raposa para a cerca de dois metros
de mim, olha-me docemente na vã esperança de ver retribuída a sua simpatia com algo
que pudesse comer.
Como
apenas me limitei a transmitir-lhe algumas simpáticas palavras e a fotografa-la, não deve ter achado piada ao
encontro e pouco depois não estando disponível para sessões fotográficas, vai
embora procurar algo de mais substancial.
Fico
um pouco de tempo mais a admirar o belo animal de pelo castanho avermelhado
adornado com uma longa e linda cauda.
Parece-me
saudável e bem nutrido.
Depois
dos nossos noturnos cumprimentos cada um foi à sua vida, ela no alto da serra
mãe e eu cá para baixo, para a cidade iluminada, onde cheguei para partilhar
com os meus amigos mais este encontro com uma das princesas desta Arrábida de
muitos desconhecida.
Rui
Canas Gaspar
2014-maio-08
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