TROINEIRO

Setúbal já tem novo tipo de jarras no cemitério

Depois de terem sido furtadas do Cemitério da Paz (Algeruz) na ordem das 400 jarras em latão de modelo oficial, aprovado para o local pela Autarquia sadina, sem que a mesma se responsabilizasse por tal situação, eis que surge no mesmo cemitério um curioso anúncio sugerindo que doravante sejam colocadas jarras idênticas, mas em PVC.

Pronto! Agora os ladrões têm de ir pregar para outra freguesia porque os sucateiros não vão dar o mesmo dinheiro pelo PVC que dão pelo latão.

Mas, ladrão que se preze encontra sempre maneira de governar a vida e como tal esta noite foi até à Doca dos Pescadores e não só furtou a fateixa do bote do meu amigo Domingues como também lhe levou o ferro que prendia os remos.

Curiosamente o meu amigo estava “fulo” porque ainda há poucos dias uns fulanos estavam a carregar para cima de uma camioneta, durante o dia, um barco de recreio. O Domingues foi indagar junto dos “cavalheiros” sobre o porquê da carga se o barco não era deles e que até conhecia o dono.

- Está enganado amigo! O barco é meu, comprei-o esta semana.  Respondeu um dos que o carregavam.

Poucos dias depois andava o dono do barco pela muralha à procura da embarcação, o Domingues lá lhe contou a história dos fulanos que estavam a carregar o barco que tinham comprado…

E dizia-me então, com ar aborrecido, o meu amigo Domingues: - Sabes Rui, estamos entregues à bicharada!... E não é que eu estou tentado a concordar com ele? É que antigamente haviam os polícias e os ladrões, agora já é caso raro avistarmos polícias, e os ladrões também não se deixam ver.

Mas como dizia o tal espanhol “posso não acreditar em bruxas, mas qui las ai, ai”…

Rui Canas Gaspar

2014-maio-23

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