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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Já apreciaram as novas placas nas entradas de Setúbal?

Já lá vão pelo menos uns 25 anos quando o professor de educação física, João  Negrão Belo, dirigia a Câmara Municipal de Faro, numa altura em que eu também por lá trabalhava ajudando a fazer crescer aquela cidade e, curiosamente o tinha como vizinho.

Naquele tempo, não muito distante, a capital algarvia era uma cidade pouco atraente e com muito por fazer.

Negrão Belo, de entre outros melhoramentos mandou edificar várias fontes decorativas, as quais foram implantadas em vários largos da cidade.

O presidente tinha dois filhos já adolescentes e uma gravidez fora de tempo estava prestes a fazer dele novamente pai. Os marafados algarvios trataram logo de fazer correr a piadinha batizando antecipadamente o novo rebento, dizendo: “Se for rapaz chamar-se-á Miúdo da Bica e se for rapariga será a Maria da Fonte”.

Pela parte que me toca sempre preferi as fontes, ainda que a água circulasse em circuito fechado e dando um ar fresco à quente cidade do que aqueles largos sem nada de atrativo. No entanto até esse facto servia de crítica aos detratores pertencentes aos partidos da oposição que até aí pouco ou nada tinham feito.

Também aqui em Setúbal, até há bem pouco tempo, poucas obras de arte tínhamos expostas na via pública, o que pessoalmente me desgostava.

Presentemente já alguma coisa existe, embora nem todos as possamos apreciar, porque cada um tem o seu próprio gosto e sentido do belo.

Pela parte que me toca, prefiro elogiar do que criticar aquilo que se tem vindo a fazer nesta área, embora não seja um admirador de tudo o que por aqui se vai expondo, mas mesmo assim, prefiro ter essas peças decorativas que coisa nenhuma.

De há umas semanas a esta parte que tenho vindo a notar que em todas as entradas na cidade estão a ser colocadas peças metálicas com cerca de três metros de altura dando as boas vindas a quem aqui chega.

Não posso deixar de dar os parabéns à Autarquia pela ideia e pela conceção destas obras que também valorizam e embelezam o espaço público, embora esteja em crer que haverá sempre quem possa não gostar e até discordar.

Mas como em tudo na vida, não se pode agradar a todos e, os políticos e candidatos a políticos, têm de ter o estofo suficiente para ouvirem as críticas, tal como as sugestões, porque nem sempre quem critica o faz com sentido destrutivo.

Pela minha parte não deixarei de criticar aquilo que em meu entender seja de criticar e “parabenizar” o que entenda seja de elogiar, como é este o caso.

Rui Canas Gaspar
2015-dezembro-15

www.troineiro.blogspot.com

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