notícias, pensamentos, fotografias e comentários de um troineiro

sábado, 7 de maio de 2016

O que eu vi esta tarde em Setúbal 

Vento e chuva copiosa conjugada com maré alta são os ingredientes mais que necessários para que em Setúbal pudéssemos ter uma boa caldeirada, o que não dei conta que tivesse acontecido.

Por força das circunstâncias da vida e não por uma questão de divulgação jornalística tive de andar pela cidade onde observei inúmeros chapéus de chuva espalhados pela via pública, completamente inoperacionais.

Alguns cartazes foram arrancados com a força do vento e lá estão até que o tempo dê tréguas para serem devidamente recolocados, tal como alguns contentores de lixo tombados.

Um carro empanado e outro que se despistou era situação mais que previsível na fatídica zona da Várzea.

O “caixotão” que se encontra no PUA pronto a receber as areias para ali funcionar o recinto de futebol de praia, já era, porque as ondas galgaram a muralha e arrancaram as tábuas do lado sul, tábuas essas que certamente andarão à deriva no Sado, pelo que recomendo cuidado aos nossos pescadores.

Ai mesmo, no PUA as ondas traziam a água do rio azul, que hoje mudou de cor, até ao jardim, inundando também o parque de jogos polidesportivo.

Um pouco mais abaixo, junto à Docapesca, a água saltava a muralha e o Barco EVORA ali atracado parecia um verdadeiro toiro mecânico devido à força do vento e às vagas alterosas.

Nos pontos altos da cidade a situação era mais calma, com as águas pluviais a correr livremente para os sumidores.

Os Sapadores Bombeiros anteciparam-se a eventuais problemas e avançaram com uma viatura para a Rua de Mormugão, de forma a prevenir inundação na Rua Amílcar Cabral. Enquanto isso vi os responsáveis da Proteção Civil no terreno a observar o desenrolar da situação na zona ribeirinha.

Pouco depois de ter passado por lá, parte da Avenida Luísa Todi era encerrada ao tráfego automóvel devido à acumulação de águas.

Quem me pareceu não ter medo das águas, foi o conhecido “viking de Setúbal” que trajando tal como o faziam aqueles guerreiros nórdicos, com o seu chapéu ostentando um par de cornos e de bandeira do Vitória ao ombro lá vinha, debaixo de chuva,  pela Avenida Independência das Colónias, a caminho do café, onde certamente se iria encontrar com outros adeptos do ENORME que rumariam a Lisboa onde hoje o Vitória Futebol Clube, defronta o Sporting Clube de Portugal.

Rui Canas Gaspar
2016-maio-07

www.troineiro.blogspot.com

Sem comentários:

Enviar um comentário